Diante do alarmante aumento de casos de doenças respiratórias, a cidade de Campo Grande declarou estado de emergência de saúde pública na última terça-feira (30). A medida foi tomada como resposta à crescente demanda nos serviços de saúde, caracterizada pela superlotação das unidades de urgência, enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal e pediátrica.
Em um esforço para conter a disseminação de infecções, a Secretaria Municipal de Saúde, liderada por Rosana Leite, anunciou o início de uma ampla campanha de vacinação contra a gripe, que começará na quinta-feira (2) às 14h. As vacinas estarão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs), beneficiando todos os cidadãos acima de seis meses de idade.
“Disponibilizaremos 160 mil doses para toda a população em todas as unidades de saúde,” informou a Secretária Rosana Leite. Até o momento, 66 mil pessoas já foram vacinadas, cobrindo pouco mais de 16% da população-alvo inicial, que inclui idosos, crianças menores de seis anos e pessoas com condições crônicas como hipertensão.
A cidade, que já recebeu cerca de 225 mil doses da vacina, enfrenta uma pressão crescente no sistema de saúde, com 987 casos e 65 mortes atribuídas à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) até agora, das quais cinco foram causadas pela Influenza.
Segundo a prefeitura, a situação emergencial permitirá uma resposta mais ágil na aquisição de leitos adicionais e medicamentos necessários para o tratamento das doenças. Medidas para melhorar o acolhimento dos pacientes nas unidades de saúde, incluindo o aumento do número de médicos, enfermeiros e técnicos, além da aquisição de mais bancos e cadeiras, já estão em andamento.
A declaração de emergência, válida por 90 dias e passível de prorrogação, visa agilizar as respostas municipais ao desafio crescente imposto pelo surto. A prefeitura espera que a campanha de vacinação ajude a reduzir o número de casos e alivie a pressão sobre os serviços de saúde da capital.
