As despesas com pessoal da Prefeitura Municipal de Campo Grande apresentaram um aumento de 9,4% entre os meses de agosto de 2022 e agosto de 2023, passando de R$ 2,590 bilhões para R$ 2,834 bilhões, de acordo com o relatório divulgado nesta terça-feira (26) pela Secretaria Municipal de Receita. Esse aumento, que supera a inflação, ressalta o desafio contínuo enfrentado pela prefeita Adriane Lopes (PP) para reduzir os gastos com pessoal e cumprir os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
De acordo com a LRF, o montante destinado ao pagamento de salários de servidores e aposentados deve representar, no máximo, 48% da receita. No entanto, há vários anos a Prefeitura de Campo Grande vem ultrapassando esse limite, e a situação piorou com a pandemia da covid-19. Em 2021, último ano da gestão de Marquinhos Trad (PSD), o índice de gasto com pessoal atingiu 59,16%, totalizando um gasto de R$ 2,364 bilhões.
No ano passado, o gasto com pessoal permaneceu elevado, chegando a 57,02% da receita. O crescimento da receita do município neste ano contribuiu para reduzir o índice de gastos com pessoal para 55,14%.
No entanto, as projeções da Secretaria Municipal de Receita indicam que Campo Grande só deverá alcançar o limite máximo permitido pela LRF, que é de 54%, em 2032. Isso significa que a cidade continuará enfrentando desafios significativos para adequar seus gastos com pessoal às normas fiscais estabelecidas, um objetivo que só será alcançado no final do mandato do prefeito ou prefeita a ser eleito(a) em 2028.
