Uma recente auditoria realizada pelo Sistema Nacional de Auditoria do SUS (Sistema Único de Saúde) revelou uma série de problemas no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Campo Grande. O relatório expõe a falta de recursos, profissionais, ambulâncias, equipamentos e até medicamentos, evidenciando sérias limitações no atendimento oferecido aos usuários.
De acordo com os dados analisados, referentes a 2022 e ao primeiro semestre de 2023, embora o SAMU da capital tenha recebido um grande número de ligações, apenas uma parcela dessas demandas foi atendida com equipes móveis empenhadas. A falta de ambulâncias é uma das preocupações centrais, especialmente considerando os sete distritos de atendimento em Campo Grande, onde o SAMU deveria atuar como retaguarda dos serviços de saúde, mas enfrenta uma defasagem significativa no número de veículos necessários para cobrir as áreas adequadamente.
Atualmente, o suporte do SAMU inclui uma central de atendimento móvel de urgência, quatro unidades de suporte avançado, dez unidades de suporte básico e duas motolâncias. No entanto, o relatório destaca que o número real de ambulâncias operacionais é menor do que o necessário, com várias delas fora de serviço devido à falta de manutenção adequada e até mesmo de seguro patrimonial.
Além disso, a auditoria identificou uma escassez de profissionais e medicamentos essenciais. Dos 26 medicamentos obrigatórios para as ambulâncias de suporte avançado do SAMU, seis estavam em falta, juntamente com materiais e equipamentos indispensáveis. O déficit de profissionais também é uma questão crítica, com a ausência de médicos e técnicos auxiliares de regulação médica durante o dia.
Outros problemas destacados incluem a falta de um plano para atendimento em situações de catástrofes, desastres e múltiplas vítimas, bem como a ausência de adequações estruturais físicas nas unidades do SAMU em Campo Grande.
Diante dessas deficiências, torna-se evidente que o SAMU de Campo Grande enfrenta desafios significativos que comprometem diretamente a qualidade e eficácia do atendimento oferecido à população. Ações imediatas são necessárias para resolver essas questões e garantir que o serviço possa cumprir sua missão de forma eficiente e adequada.
