O frio intenso em todo Mato Grosso do Sul, provocou a morte de duas pessoas na madrugada desta quarta-feira (14). Em Ponta Porã, região de fronteira entre Brasil e Paraguai, a sensação térmica de -2,8ºC, levou a óbito um morador de rua. De acordo com a Defesa Civil do município, que atenderam a ocorrência, o homem possivelmente foi vítima de hipotermia, devido às baixas temperaturas registradas durante a madrugada. Pela manhã, os termômetros marcaram 4°C na cidade.
Já na Capital, que teve a tarde mais fria de junho nos últimos 62 anos, também foi encontrado sem vida, um homem em situação de rua, identificado como Sidirlei Carvalho, de 57 anos. Ele foi encontrado pela manhã em frente a uma madeireira, no jardim Monumento. A exposição ao frio intenso teria causado a hipotermia.
Segundo previsão do Climatempo, as temperaturas devem permanecer baixas pelos próximos dias em todo o Estado. Na madrugada desta quinta-feira (15) um potencial para geada no oeste e noroeste do Estado, registrou temperatura abaixo de 0°C, com previsão pela manhã de hoje em algumas cidades de 4°C. Em Campo Grande, os termômetros devem marcar 8°C de temperatura mínima.
E isso tudo se deve a uma massa de ar frio que sobrepõe outra massa de ar frio, ondas ambas são de origem polar, muito forte, e para somar, temos ainda à circulação de ventos, em vários níveis da atmosfera, sobre a América do Sul, que vai represar parte do ar frio intenso sobre o Paraguai e do Mato Grosso do Sul, por isso o frio ainda mais intenso em Mato Grosso do Sul.
Para proteger pessoas em situação de rua, as ações de acolhimento estão sendo intensificadas desde o início da semana. As pessoas que aceitarem o acolhimento são levadas para um abrigo.
O Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) pede ajuda da população. O atendimento do serviço de acolhimento pode ser solicitado por telefone: (67)98448-3758 e (67) 98455-6879.
Na capital, desde segunda-feira (12), mais de 50 pessoas foram abordadas por equipes. Também foram distribuídos cobertores para quem se recusa a deixar as ruas. O SEAS é um serviço realizado por uma equipe de educadores sociais que atende denúncias e identifica famílias e pessoas em situação de risco pessoal e social em espaços públicos, como trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, uso abusivo de crack e outras drogas.
A abordagem é realizada nas ruas, praças, espaços públicos onde ocorram atividades laborais (como feiras e mercados), locais de intensa circulação de pessoas e existência de comércio, terminais de ônibus, prédios abandonados, semáforos, entre outros locais.
O serviço garante atenção às necessidades imediatas das pessoas atendidas, incluindo-as na rede de serviços socioassistenciais e nas demais políticas públicas, na perspectiva da garantia dos direitos.
