O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) enfrentou desafios logísticos significativos, resultando na suspensão temporária de cirurgias eletivas devido à falta de pessoal. Nesta segunda-feira (22), a instituição retomou os procedimentos, buscando contornar a crise e garantir a continuidade do atendimento à população.
A medida, que durou uma semana, foi adotada para assegurar a segurança e a qualidade da assistência aos pacientes. Durante esse período, o HRMS enfrentou um déficit de funcionários, agravado pelo elevado número de atestados médicos, sendo a Covid-19 uma das causas mencionadas.
Pelo menos 10 trabalhadores foram afetados pela Covid-19, mas a situação crítica também revelou um déficit de aproximadamente 300 profissionais, especialmente na área da Enfermagem. Ricardo Bueno, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de MS, enfatizou que o número de atestados não seria um problema se o quadro de funcionários estivesse completo.
Paralelamente, o Governo do Estado optou por retomar a gestão do HRMS, encerrando um protocolo de cooperação de cinco anos com a Secretaria de Saúde de Campo Grande. Especialistas apontam que essa mudança pode abrir caminho para a administração do hospital por uma Organização Social de Saúde.
Em comunicado, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) destacou o papel fundamental do HRMS na rede de atenção especializada e a necessidade de uma reformulação institucional para ajustar o perfil de atendimento. A SES assegurou que não haverá impacto significativo no atendimento à população, mas não detalhou planos para abertura de novos leitos ou alterações no sistema de regulação de vagas.
