sexta, 20 setembro 2024

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há 5 meses

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MPMS fiscalizará ponto eletrônico de médicos em unidades de saúde de Campo Grande

Nova fiscalização verifica ponto eletrônico em unidades de saúde da capital após 7 anos

Atualizado: há 5 meses

Redação

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) está supervisionando a aplicação de um sistema de ponto eletrônico para médicos nas unidades de saúde de Campo Grande. Essa medida surge após um acordo entre o MPMS e a prefeitura, estabelecido por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), em resposta a uma ação civil pública movida há sete anos.

O objetivo principal é garantir que os profissionais de saúde, especialmente médicos e enfermeiros, cumpram adequadamente suas jornadas de trabalho. A implementação do sistema de ponto eletrônico visa corrigir falhas no controle de frequência e assiduidade dos funcionários, que eram registradas anteriormente de maneira ineficiente por meio de folhas de ponto.

A investigação realizada pelo MPMS constatou que o descumprimento da carga horária pelos profissionais de saúde representava um sério obstáculo para o acesso da população aos serviços de saúde. Diante disso, o MPMS insistiu na necessidade de instalar pontos eletrônicos biométricos para garantir a precisão dos registros de entrada e saída dos funcionários.

Após sete anos desde o início da ação civil pública, as unidades de saúde de Campo Grande estão sendo submetidas a uma nova fiscalização para verificar a efetiva implementação do sistema eletrônico de frequência. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) afirma que todas as unidades já estão equipadas com os pontos eletrônicos, conforme previsto no acordo firmado.

Entretanto, durante o processo, a prefeitura propôs uma mudança no regime de trabalho dos médicos especialistas, estabelecendo metas de produtividade e atendimento como critérios para o regime de trabalho desses profissionais. O MPMS e a prefeitura concordaram com uma alteração no regime de trabalho apenas para médicos especialistas ambulatoriais da Atenção Especializada e da Atenção Psicossocial, enquanto os médicos lotados em atendimento emergencial devem cumprir a carga horária integral.

Apesar disso, o MPMS ressalta que mesmo os profissionais sujeitos a um regime de trabalho mais flexível devem registrar sua presença no ponto eletrônico, garantindo o controle da jornada mínima estipulada.

O Sindicato dos Médicos do Estado solicitou intervenção para modificar o acordo com a Sesau em relação ao controle da jornada de trabalho dos médicos especialistas da atenção primária, mas a prefeitura não aceitou a proposta.

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