Uma situação alarmante ocorreu no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), em Campo Grande, na última quarta-feira (4). A família de um idoso de 72 anos, internado na UTI, foi informada de seu óbito por volta do meio-dia, apenas para descobrir, duas horas depois, que ele ainda estava vivo. O caso foi revelado após a equipe médica ter removido o paciente dos equipamentos de suporte vital e o encaminhado ao necrotério, onde funcionários perceberam que ele ainda apresentava sinais vitais.
De acordo com relatos dos familiares, o idoso deu entrada em estado grave na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no domingo (1º) e aguardou mais de 24 horas para ser transferido ao HRMS, onde chegou na segunda-feira (2) à noite. Ele foi internado na UTI até quarta-feira, quando ocorreu o erro na comunicação do óbito.
Os parentes enfrentaram horas de angústia, acreditando que o idoso havia falecido, até receberem uma ligação informando que o óbito havia sido "cancelado". Após a constatação de que o paciente ainda estava vivo, ele foi imediatamente levado de volta ao leito, intubado e medicado. No momento, ele permanece em estado grave na ala vermelha, aguardando uma nova vaga na UTI.
A família manifestou descontentamento com a situação e suspeita que o hospital esteja tentando esconder o que consideram uma negligência grave. Eles pretendem registrar um boletim de ocorrência para investigar o ocorrido.
Em nota oficial, o HRMS lamentou o caso e informou que está prestando a devida assistência aos familiares. O hospital também declarou ter aberto um procedimento administrativo para apurar a falha na comunicação do óbito e ressaltou que o paciente segue recebendo os cuidados necessários da equipe médica. No entanto, detalhes sobre as circunstâncias do erro e possíveis medidas contra o médico responsável não foram divulgados.
O episódio gerou revolta e questionamentos sobre a condução dos procedimentos no HRMS, levantando a preocupação da população sobre a qualidade do atendimento prestado pela unidade de saúde.
