A Santa Casa de Campo Grande, principal hospital de Mato Grosso do Sul, enfrenta uma crise de superlotação que se tornou crônica, conforme relatado em comunicado emitido nesta segunda-feira (12), dia de Carnaval. A situação premente evidencia um quadro preocupante, com 110 pacientes internados na área de ortopedia e outros aguardando vagas cirúrgicas, enquanto novos pacientes enfrentam longas esperas nos corredores.
Em nota, a instituição reconhece sua incapacidade de atender a todos simultaneamente, ressaltando a necessidade urgente de medidas para aliviar a pressão sobre sua estrutura já sobrecarregada. Com a demanda excedendo a capacidade de acomodação, pacientes aguardam por mais de 12 horas nos corredores, aguardando transferência para a enfermaria.
A Santa Casa, referência em atendimento de alta complexidade em Mato Grosso do Sul, enfrenta uma tendência de piora na situação, enquanto o número de pacientes continua a crescer. Essa superlotação não é um fenômeno novo, com o hospital enfrentando desafios semelhantes ao longo de 2023, quando o Jornal Midiamax relatou diversos episódios de saturação da capacidade de atendimento.
Em abril do ano passado, o hospital chegou a fechar suas portas para novos pacientes devido à superlotação. A situação se agravou ao longo do mês devido a uma crise de saúde pública com o aumento de casos de doenças respiratórias, especialmente em crianças. Em maio, a Santa Casa enfrentou problemas contínuos, acelerando as altas dos pacientes do Pronto Socorro.
Em outubro de 2023, a superlotação voltou a afetar o pronto-socorro da instituição, com relatos de retenção de macas dos Bombeiros devido à falta de leitos disponíveis. Essa retenção é uma consequência direta da escassez de leitos, resultando na espera de pacientes por atendimento em macas.
