quinta, 19 setembro 2024

há 1 mês

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HONDA SHADOW 600 – A ETERNA CLÁSSICA.

HONDA SHADOW 600 – A ETERNA CLÁSSICA.

Olá, leitores. Tive a oportunidade de reviver um dos momentos que mais marcou a minha vida “motociclística”: andar em uma HONDA SHADOW 600.

Os apaixonados pelas duas rodas que contam hoje com mais de 45 anos certamente viveram a “era de ouro” das motocicletas “custom” no Brasil, na década dos anos 1990.

Ouso dizer que as motocicletas “custom” naquela época representavam o que as “big trail” representam atualmente.

E embora o mercado era recheado de modelos dessa categoria, principalmente aquelas fabricadas pelas marcas japonesas, a HONDA SHADOW 600cc ocupava um lugar de destaque no mercado brasileiro.

Meu pai teve algumas das motocicletas da “moda”, naquela época, como a YAMAHA VIRAGO 250cc, YAMAHA 535cc e a SUZUKI MARAUDER 800cc.

Ainda, era muito comum a gente ver as SUZUKIs INTRUDER 250cc, 800cc e 1500cc, bem como os modelos de KAWAZAKI VULCAN.

Toda eram muito boas, mas é inegável que dentre toda essa gama de modelos, a HONDA SHADOW 600cc se destacava.

No exterior a Shadow 600 iniciou sua história em 1988, enquanto veio ao Brasil na primeira metade dos anos 1990, ainda como importação. Mais tarde, em 1997, a VT 600 C (como era identificada pela marca japonesa) foi o primeiro modelo custom da Honda a ser nacionalizado no país, passando a ser montado em Manaus-AM.

A motocicleta apresentava um “powertrain” composto por um motor de dois cilindros em “V” em ângulo de 52º, comando simples no cabeçote e arrefecimento a líquido. Possuía 583 cm³ e era alimentado por dois carburadores Keihin 34 mm.

Embora tivesse menor potência que uma YAMAHA VIRAGO 535cc (45CV), a HONDA SHADOW (39VC) era maior, e entregava aquilo que se esperava de uma motocicleta “estradeira”: muito torque em baixa rotações e marchas longas, o que lhe conferia uma pilotagem muito mais confortável e prazerosa que as demais, tanto na estrada.

E quem pilotou uma nunca se esquece do belíssimo e “embaralhado” som que o motor emitia, principalmente quando o proprietário efetuava a substituição das ponteiras (duplas) por uma mais “esportiva”. Era literalmente uma sinfonia!

No ano 2001, meu pai trocou a sua VIRAGO 250cc por uma 535cc. Nessa época, meu primo Rodrigo possuía uma SHADOW 600cc. E fora nessa unidade que eu tive a oportunidade de andar algumas vezes. E a experiência nunca fora por mim esquecida.

Para minha surpresa, agora em julho de 2024, um amigo e vizinho (Rodrigo Funabashi) me emprestou a SHADOW 600cc do seu pai para uma volta pelo condomínio.

A motocicleta (que sempre pertencera ao seu pai) é ano 1999/2000 e tinha menos de 12.000 kms rodados, uma raridade. E na cor grená, uma das mais lindas e desejadas na época.

Diante de uma oferta dessas, corri em casa, peguei meu capacete, chamei minha “filhota” Nina (que adora andar de motocicleta comigo) e fomos andar nessa clássica estradeira...

Incrível como algumas sensações ficam gravadas na nossa memória durante uma vida inteira.

Vinte e três anos depois eu revivi exatamente as mesmas emoções e prazeres que experimentei, lá nos idos dos anos 2001. Para mim, fora como uma “volta no tempo”.

Ouvir de novo o barulho do motor de partida iniciando a “vida” do propulsor bicilíndrico; sentir aquela vibração típica dessas motos e sobretudo, a entrega precoce e constante do torque, aliado às marchas longas do câmbio, me proporcionaram momentos incríveis.

Que experiência!!

Pode parecer exagero (não é, acreditem), mas para um apaixonado como eu, estes momentos valem cada minuto e me faz sentir mais vivo!

E assim, feliz e realizado, devolvi a belíssima HONDA SHADOW 600cc para o amigo “Funa”.

Embora eu tenha agradecido encarecidamente pela gentileza, tenho a impressão de que no fundo ele nem imagina o quanto isso fora importante para mim...

Espero minimamente, através dessa coluna, poder despertar aos “quarentões” apaixonados pelas duas rodas, um pouquinho do que pude reviver naquele domingo de tarde.

Olá, leitores. Tive a oportunidade de reviver um dos momentos que mais marcou a minha vida “motociclística”: andar em uma HONDA SHADOW 600.

Os apaixonados pelas duas rodas que contam hoje com mais de 45 anos certamente viveram a “era de ouro” das motocicletas “custom” no Brasil, na década dos anos 1990.

Ouso dizer que as motocicletas “custom” naquela época representavam o que as “big trail” representam atualmente.

E embora o mercado era recheado de modelos dessa categoria, principalmente aquelas fabricadas pelas marcas japonesas, a HONDA SHADOW 600cc ocupava um lugar de destaque no mercado brasileiro.

Meu pai teve algumas das motocicletas da “moda”, naquela época, como a YAMAHA VIRAGO 250cc, YAMAHA 535cc e a SUZUKI MARAUDER 800cc.

Ainda, era muito comum a gente ver as SUZUKIs INTRUDER 250cc, 800cc e 1500cc, bem como os modelos de KAWAZAKI VULCAN.

Toda eram muito boas, mas é inegável que dentre toda essa gama de modelos, a HONDA SHADOW 600cc se destacava.

No exterior a Shadow 600 iniciou sua história em 1988, enquanto veio ao Brasil na primeira metade dos anos 1990, ainda como importação. Mais tarde, em 1997, a VT 600 C (como era identificada pela marca japonesa) foi o primeiro modelo custom da Honda a ser nacionalizado no país, passando a ser montado em Manaus-AM.

A motocicleta apresentava um “powertrain” composto por um motor de dois cilindros em “V” em ângulo de 52º, comando simples no cabeçote e arrefecimento a líquido. Possuía 583 cm³ e era alimentado por dois carburadores Keihin 34 mm.

Embora tivesse menor potência que uma YAMAHA VIRAGO 535cc (45CV), a HONDA SHADOW (39VC) era maior, e entregava aquilo que se esperava de uma motocicleta “estradeira”: muito torque em baixa rotações e marchas longas, o que lhe conferia uma pilotagem muito mais confortável e prazerosa que as demais, tanto na estrada.

E quem pilotou uma nunca se esquece do belíssimo e “embaralhado” som que o motor emitia, principalmente quando o proprietário efetuava a substituição das ponteiras (duplas) por uma mais “esportiva”. Era literalmente uma sinfonia!

No ano 2001, meu pai trocou a sua VIRAGO 250cc por uma 535cc. Nessa época, meu primo Rodrigo possuía uma SHADOW 600cc. E fora nessa unidade que eu tive a oportunidade de andar algumas vezes. E a experiência nunca fora por mim esquecida.

Para minha surpresa, agora em julho de 2024, um amigo e vizinho (Rodrigo Funabashi) me emprestou a SHADOW 600cc do seu pai para uma volta pelo condomínio.

A motocicleta (que sempre pertencera ao seu pai) é ano 1999/2000 e tinha menos de 12.000 kms rodados, uma raridade. E na cor grená, uma das mais lindas e desejadas na época.

Diante de uma oferta dessas, corri em casa, peguei meu capacete, chamei minha “filhota” Nina (que adora andar de motocicleta comigo) e fomos andar nessa clássica estradeira...

Incrível como algumas sensações ficam gravadas na nossa memória durante uma vida inteira.

Vinte e três anos depois eu revivi exatamente as mesmas emoções e prazeres que experimentei, lá nos idos dos anos 2001. Para mim, fora como uma “volta no tempo”.

Ouvir de novo o barulho do motor de partida iniciando a “vida” do propulsor bicilíndrico; sentir aquela vibração típica dessas motos e sobretudo, a entrega precoce e constante do torque, aliado às marchas longas do câmbio, me proporcionaram momentos incríveis.

Que experiência!!

Pode parecer exagero (não é, acreditem), mas para um apaixonado como eu, estes momentos valem cada minuto e me faz sentir mais vivo!

E assim, feliz e realizado, devolvi a belíssima HONDA SHADOW 600cc para o amigo “Funa”.

Embora eu tenha agradecido encarecidamente pela gentileza, tenho a impressão de que no fundo ele nem imagina o quanto isso fora importante para mim...

Espero minimamente, através dessa coluna, poder despertar aos “quarentões” apaixonados pelas duas rodas, um pouquinho do que pude reviver naquele domingo de tarde.

Até a próxima, caros leitores!

Bruno Romero (advogado e apaixonado pelo mundo dos motores).

Até a próxima, caros leitores!

Bruno Romero (advogado e apaixonado pelo mundo dos motores).

 

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