quinta, 19 setembro 2024

28/08/2023 10:56

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A Vida e Espiritualidade 13

A fé, a esperança e a caridade caminham juntas. A esperança manifesta-se, praticamente, nas virtudes da paciência e da humildade”

ESPIRITUALIDADE 13

O que nos diz Bento XVI na sua primeira encíclica, Deus é amor, é tão importante para o crescimento de nossa espiritualidade, que voltamos a ele: “A fé, a esperança e a caridade caminham juntas. A esperança manifesta-se, praticamente, nas virtudes da paciência e da humildade”. (§39)
Quando nos propomos a crescer na dimensão da espiritualidade, muitas vezes corremos o risco de desanimar diante de muitos insucessos. Quando praticamos a caridade, sendo generosos com aqueles que nos pedem uma esmola e não retribuem com gratidão, quando pedimos a Deus por nossos amigos e não somos atendidos em nossas orações, parece que nossa fé se vê ameaçada. Por isso Bento XVI nos indica o caminho da paciência e da humildade.

Paciência, porque ela nos torna perseverantes nos nossos propósitos, não nos deixa perder o ânimo. Humildade, porque sem ela não aceitamos  que a vontade de Deus seja feita. O tempo de Deus nem sempre é o tempo do nosso relógio humano. Se o que pedimos é bom e justo, Deus nos atenderá, não na hora que nós quisermos, mas quando o próprio Deus decidir. Não nos cabe determinar esse tempo.
Podemos entender que se temos fé e esperança, praticamos a caridade com o próximo, não nos cabe exigir de Deus que atenda nossos pedidos. A vida, a fé e a esperança são dons de Deus e os efeitos que esses dons provocam em cada um de nós não são imediatos. Muitas vezes demoram a ser percebidos.
Uma mãe sempre quer o bem dos filhos. Por mais numerosos que sejam esses filhos, nem todos são iguais, recebem a mesma educação, mas têm desenvolvimento físico e mental diferente. A mãe reza por todos, mas nem todos são felizes da mesma maneira.  Há muitas histórias de sofrimento de uma mãe que vê seu filho se tornar um delinquente, um dependente de drogas, um jogador inveterado. A mãe continua a rezar, nunca desanima, por anos a fio insiste em pedir a Deus que o filho tome o bom caminho. Às vezes leva uma vida toda rezando. Um grande exemplo dessa persistência é a vida de Santa Mônica, que levou trinta anos rezando pela conversão de seu filho, Santo Agostinho. Ela foi paciente e humilde, recebeu com alegria a conversão do filho. 
A paciência e a humildade são caminhos de santidade, para a qual todos somos chamados. Temos a certeza do amor de Deus por nós, como nos diz São João. Temos uma nuvem de testemunhos (Hb 12.1) de santidade. Pessoas que viveram o amor ao próximo com perseverança, paciência e humildade e nos servem de estímulo e exemplo. Cada um destes testemunhos viveu em tempos e lugares diferentes, tinham espiritualidades diferentes, mas todos são reconhecidos como modelo de santidade, como nos diz Bento XVI na mesma carta que citamos: Francisco de Assis, Inácio de Loyola, Camilo de Lellis, Vicente de Paulo, Luísa de Marillac, José Cottolengo, João Bosco, Luís Orione, Teresa de Calcutá. A esses homens e mulheres poderíamos acrescentar outros nomes cuja vida é modelo, pois foram “verdadeiros portadores de luz dentro da história” (§40).

sentença... todos podem fazer seu trabalho rezando.

Se mais pessoas vivessem essa realidade, haveria mais amor, alegria e justiça no mundo.

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