quinta, 19 setembro 2024

13/08/2023 11:34

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ESPIRITUALIDADE 12

Seja qual for o caminho escolhido, a busca pessoal da espiritualidade nunca pode estar separada da vivência comunitária e da promoção social daqueles que mais precisam.

Continuando nosso esforço para crescer na dimensão da espiritualidade, já sabemos que essa dimensão do ser humano não é a negação do corpo, mas sim fazer do corpo a manifestação do espírito. Não é somente sentir-se na presença de Deus e falar com Ele. É viver segundo a inspiração, vontade e orientação de Deus. 

Convém lembrar a frase de Jesus, em Mateus 7,21: “Nem todo aquele que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no Reino dos Céus, mas aquele que põe em prática a vontade de meu Pai, que está nos céus.”

Sabemos o quanto é difícil fazer sempre a vontade de Deus, porque nem sempre temos o espírito que Ele nos pede. Às vezes o Espírito nos pede para fazer alguma coisa, como rezar, dar de comer a quem tem fome, acolher um imigrante, cuidar de um doente, visitar um preso... Mas mesmo sabendo que essa é a vontade do Pai, damos espaço à preguiça, ao egoísmo, ao preconceito. Mas nosso Deus não é vingativo, não nos ama pelo tanto que nós merecemos, mas ama como Deus, infinitamente.

Cabe aqui o que nos diz Bento XVI na sua primeira encíclica, Deus é amor: “O amor apaixonado de Deus pelo seu povo – pelo ser humano – é, ao mesmo tempo, um amor que perdoa” (Deus Caritas Est, §10). 

O fato de Deus ter se encarnado na pessoa de Jesus mostra que o amor de Deus é tão imenso que supera a distância em o humano e o divino. Daí se compreende duas coisas: Jesus se fez homem, tem um corpo, logo o corpo não é algo mau;  e mesmo que os homens tenham matado seu próprio Filho, Deus continua a nos amar, porque perdoa sempre.

Essa verdade é capaz de nos fazer crescer em espiritualidade, e para isso precisamos usar os meios adequados.No decorrer da história, temos muitos santos que nos ajudam a realizar esse propósito.Podemos escolher, conforme a nossa realidade, ler e refletir a Palavra de Deus diariamente, como um hábito. Não é preciso escolher um texto muito longo. Pode-se pedir para um orientador espiritual indicar um trecho que mais facilmente ajude a iluminar a  caminhada; pode-se reunir um pequeno grupo para rezar juntos, compartilhando seus problemas, sonhos e alegrias; ou dedicar-se à leitura da vida de algum santo, porque nem sempre conhecemos a vida do santo e como ele tornou-se santo, ficando apenas numa devoção infantil; ou participar de retiros, vigílias, romarias, peregrinações. Os meios são muitos e Deus está sempre conosco.

Seja qual for o caminho escolhido, a busca pessoal da espiritualidade nunca pode estar separada da vivência comunitária e da promoção social daqueles que mais precisam.
Lembremos o ditado: Ninguém vai para o céu sozinho!

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