Já completamos três meses desde que começamos a refletir sobre espiritualidade. É um tema que não se esgota, porque tem a ver com a realidade de cada ser humano.

A multiplicidade de pessoas, com origem, cultura, idade e funções diferentes permite que haja também diversidade de espiritualidades.

Um homem que trabalha na lavoura  demonstra sua vida no espírito de um jeito diferente de outro que trabalha um escritório de contabilidade; uma mulher que trabalha em casa, cozinhando, limpando e cuidando dos filhos pequenos vive na presença de Deus de forma diferente daquela que optou por servir a Deus alistando-se no exército. Um jovem ou uma jovem que está na faculdade oferece seu viver a Deus e jeito bem diferente daquele ou daquela que precisa trabalhar ajudando seu pai que é pintor ou marceneiro.

Nenhum deles é melhor do que o outro, mas sua espiritualidade não é a mesma, porque a realidade de cada um também não é a mesma.  Os critérios para reconhecer se a própria vida é coerente com o desejo de estar na presença de Deus são os mesmos, embora a realidade seja diferente.

Cada pessoa pode ter certeza que está no caminho de Deus, se dedica um pouco do seu tempo à oração, à leitura da Palavra de Deus, à generosidade com os mais necessitados. Assim sua vida pode se tornar um exemplo para aqueles com  quem convive. A espiritualidade sempre se torna visível pelos atos de simpatia, cordialidade, alegria, gratidão, disponibilidade em servir. 

A cada dia somos chamados a ser assim enquanto realizamos nossas tarefas em casa, no trabalho ou na escola. O sincero desejo de ser cada vez melhor nos aproxima de Deus e dos irmãos, fazendo os outros serem mais felizes.  Esse modo de ser, sem esperar recompensa por parte de quem é beneficiado, agrada a Deus e mais perto dele ficaremos.

Crescer em espiritualidade é aproveitar cada dia para realizar as obras de amor ao próximo que o Senhor nos pede, sem descuidar dos deveres da nossa profissão.