quinta, 19 setembro 2024

17/07/2023 15:12

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Vida e Espiritualidade 7

Continuando nossa reflexão sobre a importância do corpo na nossa espiritualidade

Continuando nossa reflexão sobre a importância do corpo na nossa espiritualidade, convém lembrar que não há uma dissociação entre corpo e espírito. Quando houver, é porque algo anda mal com a pessoa.
A pessoa íntegra é capaz de sintonizar corpo e espírito, corpo e mente. O que quer dizer isso? Um exemplo bem claro de sintonia entre corpo, mente e espírito são as  pessoas que pensam, agem e amam de modo coerente. Uma pessoa que precisa ler para obter conhecimento, reserva um tempo para ler e gosta de ler é uma pessoa coerente. Um exemplo de pessoa incoerente é aquela que sabe que fumar faz mal, mas não resiste ao seu gosto pelo fumo e vicia-se nisso, está sendo incoerente. É muito comum ver-se um pai ou uma mãe que não deixa o filho ou a filha usar o celular na hora das refeições, mas eles mesmos não largam o aparelho na hora do almoço e do jantar. Não adianta falar, o exemplo fala mais alto. E assim, poderiam enfileirar-se diversas condutas incoerentes.


Voltando ao nosso tema da espiritualidade, podemos dizer que é incoerente uma pessoa que acredita em Deus e na sua Palavra, lê a Bíblia com frequência, mas não age conforme o que lê. Muitas vezes essa incoerência é justificada por uma interpretação errada dos textos bíblicos, seja porque não foi bem orientada, seja porque se recusa a seguir uma boa orientação. Esse problema traz infelicidade para a própria pessoa e mais ainda para quem convive com ela. 

Uma boa espiritualidade manifesta-se também nas atitudes em relação ao próprio corpo. O cuidado que temos com o corpo é o reconhecimento de que fomos criados com corpo e espírito, não somos anjos... Por isso não podemos pensar em viver como anjos. Temos necessidades físicas, além das necessidades espirituais. Precisamos nos mover, comer, dormir, ter hábitos de higiene e atividade física.
Isso é muito difundido em vídeos e programas de TV, mas isso se torna espiritualidade prática, quando percebemos que não é só cada um de nós que precisa disso. Também o nosso próximo, seja ele quem for, também precisa ter uma casa, ou um abrigo para dormir, precisa comer e ter como fazer sua higiene pessoal. Quando nossa espiritualidade é coerente com a vida, a nossa prática torna-se caridade e generosidade com aquele que sofre. 


Há pouco passamos por um tempo de frio rigoroso, aqueles que têm agasalho e uma casa aquecida, não sofreram, mas aqueles que moram em casebres e não têm agasalho sofreram muito. O que fizemos por eles?

Isso me faz lembrar uma melodia bem conhecida, chamada Balada da Caridade de Pe. Reginaldo Manzotti, divulgada pelo Pe. Zezinho:

Para mim, a chuva no telhado
É cantiga de ninar.
Mas o pobre, meu irmão,
Para ele a chuva fria
Vai entrando em seu barraco
E faz lama pelo chão.

Como posso
Ter sono sossegado,
Se no dia que passou
Os meus braços eu cruzei?

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