A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou na última sexta-feira (30) que a bandeira tarifária para o mês de setembro será vermelha patamar 2, o que implica um aumento de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Este é o primeiro aumento significativo desde agosto de 2021, quando a bandeira vermelha foi aplicada pela última vez.
O governo justificou o aumento pelo cenário de chuvas abaixo da média previsto para o próximo mês, o que resultará em uma baixa nos níveis dos reservatórios de água do país. A Aneel estima que a afluência de água será cerca de 50% menor do que o habitual, forçando o uso intensivo das usinas termelétricas para suprir a demanda.
“A escassez de chuvas e as temperaturas elevadas aumentam a necessidade de recorrer às termelétricas, que são mais caras do que as hidrelétricas. Esse cenário resulta em custos mais altos para a geração de energia”, explicou a Aneel. A agência ressaltou que a última vez em que a bandeira vermelha patamar 2 foi acionada foi em agosto de 2021. Desde então, o sistema de bandeiras havia registrado períodos mais favoráveis com bandeiras verdes.
O sistema de bandeiras tarifárias, criado para proporcionar maior transparência nos custos da energia elétrica, permite aos consumidores ajustar seus hábitos de consumo de acordo com os sinais de custo mais alto, ajudando a mitigar a necessidade de operar usinas termelétricas e reduzir a pressão sobre o sistema elétrico.
Com o retorno da bandeira vermelha patamar 2, os consumidores devem se preparar para o impacto adicional nas contas de luz e considerar medidas para economizar energia, especialmente diante de um cenário climático desafiador.
