sexta, 20 setembro 2024

Economia

21/03/2024 09:39

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Brasil supera os EUA como principal fornecedor de milho e soja para a China

Exportações brasileiras de grãos crescem significativamente, marcando uma mudança no mercado agrícola global

Atualizado: 21/03/2024 09:43

Redação

O Brasil está consolidando sua posição como o principal fornecedor de milho e soja para a China, ultrapassando os Estados Unidos nos dois primeiros meses deste ano. Segundo dados divulgados pela alfândega chinesa, as importações de milho brasileiro aumentaram expressivamente, atingindo 4,1 milhões de toneladas, enquanto as importações dos EUA diminuíram significativamente, caindo 67%.

Essa mudança significativa no mercado agrícola global ocorre após Pequim ter aprovado as exportações brasileiras de milho, em uma estratégia para diversificar seus fornecedores e reduzir a dependência dos produtos norte-americanos. Com a colheita abundante e avanços logísticos no Brasil, como a consolidação das rotas de exportação do norte, o país sul-americano está se tornando cada vez mais competitivo no mercado de grãos.

Além disso, as exportações brasileiras de soja também registraram um aumento considerável, com um crescimento de 211% em relação ao ano anterior. A China importou 6,96 milhões de toneladas de soja do Brasil nos dois primeiros meses de 2024, enquanto as importações dos EUA diminuíram para 4,96 milhões de toneladas.

Esses números refletem a forte colheita e os preços competitivos oferecidos pelo Brasil, que conseguem superar a participação de mercado dos EUA. Com o Brasil ocupando 53% do mercado de soja e os EUA com 38%, essa mudança indica uma reconfiguração no cenário das exportações agrícolas.

Os compradores chineses têm mantido as importações brasileiras devido aos preços mais atrativos oferecidos pelo maior produtor mundial de soja. Além disso, o Brasil está buscando expandir suas exportações por meio do porto de Chancay, no Peru, controlado pela China, o que possibilitaria o envio de mercadorias diretamente para a Ásia via Oceano Pacífico, reduzindo o tempo de trânsito e oferecendo uma alternativa ao Canal do Panamá.

 

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