A segunda safra de milho em Mato Grosso do Sul para a temporada 2023/2024 enfrenta sérios desafios devido à seca prolongada. De acordo com dados do boletim Casa Rural, aproximadamente 35,39% da área plantada de milho safrinha já foi comprometida, totalizando 785 mil hectares afetados.
Estima-se que a produtividade média seja de 86,3 sacas por hectare, o que resulta em uma redução de 67,5 milhões de sacas de milho para o estado este ano, devido às avarias nas lavouras. Em comparação ao ciclo anterior (2022/2023), a produção está projetada para ser 19% menor, totalizando aproximadamente 11,4 milhões de toneladas, uma queda de 19,2%.
Além dos desafios climáticos, houve também uma diminuição de 5,82% na área plantada em relação ao ciclo anterior, com 2,218 milhões de hectares semeados na safra atual.
Embora algumas regiões do estado, como oeste, centro, norte e nordeste, ainda mantenham condições razoáveis nas lavouras, variando de 55,9% a 85,4%, outras áreas, como sudoeste, sudeste, sul-fronteira e sul, enfrentam condições abaixo do ideal, com um número significativo de lavouras em estado crítico.
Quanto à comercialização e às perspectivas de preços, observa-se que a venda do milho está em torno de 22%, com um ritmo lento devido às expectativas de preços. Atualmente, os preços estão estáveis, mas são influenciados por fatores como o desempenho do mercado exportador, que está abaixo das expectativas.
Existe uma expectativa de melhoria nos preços para o segundo semestre, impulsionada pela demanda interna e pelo setor de etanol de milho, que requer cerca de 7 milhões de toneladas. No entanto, os produtores continuam enfrentando desafios significativos devido ao clima adverso e às dificuldades na comercialização, limitadas pelas condições atuais do mercado.
