sexta, 20 setembro 2024

Economia

há 6 meses

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Governo antecipa queda nos preços dos alimentos e espera repasse aos consumidores até abril

Atualizado: há 6 meses

Redação

O governo projetou uma tendência de diminuição nos preços dos alimentos, com a expectativa de repassar essa redução aos consumidores até o próximo mês de abril. Durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) destacaram que o arroz, cuja produção foi impactada por enchentes no Rio Grande do Sul, deve registrar uma queda nos preços nas próximas semanas.

"O aumento nos preços dos alimentos foi em grande parte atribuído a questões climáticas significativas no Brasil. Todos testemunhamos os excessos, como as altas temperaturas no Centro-Oeste e as chuvas no Sul do país. Foi um aumento sazonal que agora está apresentando uma tendência de queda", explicou Teixeira.

Fávaro acrescentou: "É importante ressaltar que, embora uma dona de casa possa não perceber imediatamente a redução nos preços ao ir ao supermercado, esperamos que, com a redução de 20% nos preços ao produtor, os atacadistas comecem a repassar essa diminuição aos consumidores."

Segundo o ministro da Agricultura, o preço da saca de arroz já diminuiu de R$ 120 para R$ 100. "Prevemos uma redução nos preços para os consumidores entre março e abril. Já estamos observando essa queda. À medida que os atacadistas reabastecem seus estoques a preços mais baixos, naturalmente repassarão essas economias para as prateleiras dos supermercados", explicou.

Dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro mostraram que a inflação dos alimentos em domicílio variou 1,12%. Em janeiro, a alta foi de 1,81%, a maior para o primeiro mês em oito anos.

Além da expectativa de redução nos preços dos alimentos, o governo também anunciou uma estratégia específica no Plano Safra 2024-2025 para impulsionar a produção de arroz, feijão, trigo e mandioca.

"São medidas estratégicas, incluindo não apenas crédito, mas também contratos de opções. Se o preço mínimo cair abaixo de um determinado valor, lançamos um contrato de opção para garantir que a Política Nacional de Garantia de Preço Mínimo seja aplicada de forma eficaz", explicou Fávaro.

Na próxima semana, o presidente Lula deve se reunir com representantes de cinco setores do agronegócio, incluindo pecuária, fruticultura, celulose, algodão e café, em uma confraternização solicitada pelos empresários.

"O setor de carnes recebeu com entusiasmo os anúncios desta semana. Todos os segmentos, incluindo bovinos, suínos e aves, expressaram o desejo de organizar um churrasco para comemorar esse momento favorável", acrescentou Fávaro, sem mencionar quais empresários estariam envolvidos. ( com inf da Folha Press)

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