sexta, 20 setembro 2024

Economia

31/05/2024 10:55

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Governo avalia possibilidade de venda direta de arroz importado em meio a pressão do mercado

Atualizado: 31/05/2024 10:57

Redação

Após críticas e pressão do setor arrozeiro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está avaliando a viabilidade de realizar a venda direta do arroz importado ao comércio local. A medida, prevista em uma medida provisória recente, tem o objetivo de abastecer o mercado interno com 1 milhão de toneladas do grão, importado pelo governo federal.

O arroz, que chegará aos supermercados e redes de atacado com o rótulo do governo federal e preço tabelado em R$ 4 o quilo, poderá ser vendido diretamente a varejistas. Contudo, a Conab ainda está decidindo se utilizará essa modalidade ou se optará por realizar leilões de importação do produto.

O diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, explicou que a estatal ainda está trabalhando no processo de leilão de importação do arroz e que a decisão sobre a modalidade de venda será tomada posteriormente. Segundo ele, a Conab tem a autorização para realizar a venda direta, mas também pode optar por realizar a compra e a venda através de leilões.

Porém, a decisão final dependerá da capacidade da Conab de lidar com essa atividade, que foge um pouco de sua rotina. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o arroz importado pelo governo poderá chegar aos mercados em até 40 dias, e os fornecedores terão até 90 dias para entregar o produto nos armazéns da Conab.

No entanto, a iniciativa da Conab tem sido alvo de críticas por parte dos produtores de arroz. Eles alegam que há produto suficiente no mercado doméstico e que a venda direta do arroz importado a um preço abaixo do praticado pelo mercado pode desestimular o plantio da nova safra e pressionar as margens dos produtores locais. Além disso, questionam o tempo de conclusão da operação, argumentando que em 40 dias a situação de escoamento do arroz gaúcho já estará normalizada.

A Conab decidiu ampliar para 21 estados a distribuição do arroz importado, antes prevista apenas para sete estados, devido a pedidos de potenciais compradores de outras regiões do país.

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