quinta, 19 setembro 2024

Economia

há 3 semanas

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Inflação de agosto desacelera para 0,19%, aponta prévia do IBGE

Índice IPCA-15 mostra leve redução em relação ao mês anterior e está em linha com as expectativas do mercado

Atualizado: há 3 semanas

Redação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que serve como prévia da inflação para o mês de agosto, registrou uma alta de 0,19%, conforme divulgado pelo IBGE. Esse índice mostra uma desaceleração em relação ao 0,30% registrado em julho.

A taxa de agosto ficou próxima da expectativa do mercado, que previa uma variação de 0,20%, de acordo com uma pesquisa da Reuters. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 apresentou uma variação de 4,35%, abaixo dos 4,45% observados no período anterior. No mesmo mês do ano passado, a inflação havia sido de 0,28%.

Entre os grupos que mais influenciaram o índice de agosto, Transportes apresentou a maior alta, com 0,83% e um impacto de 0,17 ponto percentual. Outros grupos significativos foram Educação, com 0,75%, e Artigos de Residência, com 0,71%.

Kimberley Sperrfechter, economista da Capital Economics, destacou que a desaceleração da inflação, juntamente com a expectativa de um possível corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve dos EUA, pode levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a manter a taxa Selic inalterada na próxima reunião.

Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, comentou sobre a desaceleração dos núcleos de inflação e dos preços dos serviços. “O resultado de hoje mostra uma inflação com uma composição mais favorável. Se o próximo IPCA seguir a tendência da prévia, pode ser mais difícil justificar novas elevações na taxa Selic”, afirmou.

Os dados divulgados refletem a variação de preços entre 16 de julho e 14 de agosto. O IPCA, que mede a inflação do mês completo, será divulgado em 10 de setembro. A prévia de agosto mostra uma queda de 1,30% nos preços de alimentos no domicílio, em comparação com o recuo de 0,70% de julho, enquanto a alimentação fora do domicílio subiu 0,49%.

No grupo de Transportes, o aumento de 3,47% nos preços dos combustíveis foi um fator chave para a alta do índice. Em contrapartida, as passagens aéreas tiveram uma queda de 4,63%. O gás de botijão subiu 1,93%, e a energia elétrica residencial teve uma leve queda de 0,42%, refletindo a implementação da bandeira tarifária verde.

 

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