A Rota da Celulose de Mato Grosso do Sul está no centro das atenções dos investidores. Nesta terça-feira (3), o governador do estado, Eduardo Riedel, está em São Paulo para uma reunião na B3, a Bolsa de Valores, com mais de 20 empresas interessadas na concessão dos pacotes de rodovias que compõem o corredor logístico da celulose.
O projeto engloba trechos das BRs 262 e 267, além das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, totalizando 870,4 quilômetros. Com um investimento estimado de R$ 8,8 bilhões ao longo de 30 anos, a concessão visa modernizar e expandir a infraestrutura rodoviária da região.
Durante o evento, que se estende por dois dias, o governador Riedel destacou a importância de esclarecer dúvidas e apresentar o potencial do projeto. “Estamos aqui para discutir os detalhes e responder às perguntas dos investidores. O leilão será uma oportunidade para modernizar e ampliar a infraestrutura da região”, afirmou Riedel.
O processo de concessão inclui a delegação dos trechos federais para o estado, um passo que, segundo o governador, já tem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O estudo de viabilidade técnica revelou que as tarifas de pedágio podem variar entre R$ 4,70 e R$ 15,20, com possibilidade de redução de até 20% dependendo das ofertas.
O projeto prevê a duplicação de trechos chave, como o trecho entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, e melhorias na BR-267, especialmente na divisa entre Bataguassu e São Paulo. A concessão é esperada para trazer melhorias significativas na infraestrutura e estimular o desenvolvimento econômico, especialmente na área de celulose, que já conta com grandes empresas instaladas na região. O leilão está previsto para dezembro.
