O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,46% em maio, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11). O aumento nos preços foi impulsionado principalmente pelo grupo de Alimentação e Bebidas, que teve uma alta de 0,62% em relação a abril. Entre os alimentos, a batata foi o destaque, apresentando um aumento de 20,61% em apenas um mês.
As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no mês anterior já começam a impactar a economia brasileira, contribuindo para o aumento da inflação. Segundo o IBGE, essas chuvas afetaram a oferta de batatas, já que parte da produção foi prejudicada, o que se somou ao fim da safra das águas e ao início mais lento da safra das secas.
Além dos alimentos, outros itens também registraram aumento de preços em maio. O leite longa vida teve uma alta de 5,36%, enquanto o café moído subiu 3,42%. O azeite de oliva, por sua vez, teve um aumento de preço significativo devido à seca na Europa, chegando a uma alta de 49,05% no acumulado de 12 meses.
Apesar da aceleração da inflação, que já acumula alta de 3,93% em 12 meses, a taxa ainda está dentro da meta estabelecida pelo Banco Central do Brasil para 2024. No entanto, o resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,42% para a inflação em maio.
Além dos alimentos, outros grupos também contribuíram para o aumento da inflação em maio. Os preços dos transportes subiram 0,44%, com destaque para as passagens aéreas, que registraram uma alta de 5,91%. Habitação e saúde e cuidados pessoais também tiveram altas significativas nos preços.
No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado como referência para reajustes do salário mínimo, teve um aumento de 0,46%. Assim, o INPC acumula uma alta de 2,42% no ano e de 3,34% nos últimos 12 meses.
