O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua decepção com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em manter a taxa Selic em 10,50%. Lula lamentou a escolha do Copom, referindo-a como "uma pena", enfatizando os impactos negativos que a alta taxa de juros tem sobre o país e seu povo.
O ex-presidente criticou veementemente a política de juros elevados, argumentando que os altos pagamentos de juros reduzem a capacidade do país de investir internamente. Ele propôs que esses recursos sejam direcionados para gastos que beneficiem a população, como melhorias na saúde e na educação. Lula também acusou os bancos privados de preferirem lucrar com os juros altos ao invés de oferecerem crédito acessível.
Além disso, Lula questionou a autonomia do Banco Central sob a gestão de Roberto Campos Neto, comparando-a à época em que Henrique Meirelles esteve à frente da instituição durante seus mandatos. Ele enfatizou que, apesar da autonomia teórica do Banco Central, os presidentes têm sido historicamente influenciados pelo governo de plantão.
A decisão unânime do Copom de manter a Selic foi vista como um momento crucial, especialmente após a série de cortes consecutivos desde agosto do ano anterior. Esta medida foi interpretada como uma resposta às incertezas fiscais e ao aumento das expectativas de inflação, provocando reações distintas no mercado financeiro e na opinião pública.
