O mercado financeiro atualizou suas projeções para o crescimento da economia brasileira em 2024, elevando a expectativa de 2,46% para 2,68%, conforme o Boletim Focus do Banco Central (BC) divulgado nesta segunda-feira (9). O ajuste para cima segue a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que registrou uma alta de 1,4% em relação ao primeiro trimestre e de 3,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Para os anos seguintes, as projeções também foram ajustadas: o crescimento do PIB para 2025 foi elevado de 1,85% para 1,9%, e para 2026 e 2027, as expectativas são de uma expansão de 2% ao ano.
A previsão para a cotação do dólar no fim de 2024 é de R$ 5,35, com a expectativa de que a moeda americana seja cotada a R$ 5,30 no final de 2025.
Inflação
A expectativa para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi revisada para 4,3% em 2024, superando a meta de 3% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Para 2025, a projeção é de 3,92%, com previsões de 3,6% e 3,5% para 2026 e 2027, respectivamente.
Em julho, a inflação acumulada em 12 meses foi de 4,5%, e o índice de agosto será divulgado amanhã (10). A inflação mais alta tem sido impulsionada principalmente pelos preços da gasolina, passagens aéreas e energia elétrica.
Taxa de Juros
Para controlar a inflação, o Banco Central manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano. A taxa foi mantida inalterada após um ciclo de sete reduções consecutivas que ocorreram entre agosto de 2023 e maio de 2024. A Selic havia sido elevada em 12 ocasiões entre março de 2021 e agosto de 2022, em resposta ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis.
O mercado financeiro projeta que a Selic pode subir para 11,25% ao ano até o final de 2024. Para 2025, a expectativa é que a taxa seja reduzida para 10,25% ao ano, com previsões adicionais de quedas para 9,5% em 2026 e 9% em 2027.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está agendada para os dias 17 e 18 de setembro. As decisões futuras sobre a Selic serão influenciadas pela evolução dos indicadores econômicos e pela necessidade de controlar a inflação. ( Com inf da Ag. Brasil)
