sexta, 20 setembro 2024

Economia

há 5 meses

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Petrobras enfrenta pressão para ajustar preços de combustíveis

Defasagem de 19% entre valores internacionais e locais exige revisão de política de preços

Atualizado: há 5 meses

Redação

Na última atualização dos preços pela Petrobras, ocorrida em outubro do ano passado, a defasagem em relação ao mercado internacional atingiu 19%, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Esse descompasso, que se agravou com uma média entre 15% e 19% acima dos principais polos de importação do país, é exacerbado pela desvalorização do real frente ao dólar.

De acordo com o Observatório Social do Petróleo (OSP), a discrepância de preços entre a gasolina da Petrobras e das refinarias privadas chegou a cerca de 15%, ou R$ 0,42 por litro, marcando a maior diferença desde agosto de 2023.

Economistas explicam que a produção de gasolina envolve uma combinação de importações e produção interna, sendo o petróleo o principal insumo. Com o preço do barril influenciado pela demanda e oferta no mercado internacional, um aumento nesse valor impacta diretamente o preço dos combustíveis.

Essa defasagem de 19% na gasolina, resulta na necessidade de um aumento para cobrir os custos do petróleo em alta, indicando que a Petrobras está arcando com prejuízos ao manter os preços mais baixos. Isso afeta não apenas as distribuidoras de gasolina, mas também os preços dos produtos que dependem do transporte e dos insumos derivados do petróleo.

Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), ressaltou que a Petrobras consegue praticar preços menores do que as concorrentes privadas devido à sua natureza estatal e à sua política de preços. No entanto, desde maio do ano passado, a empresa não segue a paridade de importação (PPI), o que, combinado com os preços internacionais em alta, tem aumentado a diferença de preços em relação às concorrentes privadas.

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