Governadores de oito estados, incluindo Mato Grosso do Sul, além de prefeitos, deputados e senadores, afirmaram nesta terça-feira (4) um novo "consenso" em torno da proposta da reforma tributária. A previsão, segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é que a votação do texto aconteça até sexta-feira (7).
Embora defendam um discurso uniforme, em prol de uma reforma tributária mais benéfica aos estados, o grupo de governadores é bem dissonante no quesito ideológico. Eduardo Riedel (PSDB) que vem participando nos últimos meses dos encontros em Brasília para acompanhar de perto as discussões sobre o tema, já havia considerado a importância da reforma para o Brasil , desde que fosse criado mecanismos e ações que pudessem proteger as perdas dos estados.
“O estado não pode sofrer prejuízos com esta mudança constitucional. A reforma é importante para o país, mas nós temos que proteger alguns aspectos, para que não tenha a desconstrução de um caminho longo e árduo que foi criado pelos estados nestes últimos anos", disse anteriormente Riedel
Na noite desta terça-feira (4), Riedel em suas redes sociais, postou um vídeo reafirmando sua posição diante de alguns temas da reforma, como a formação de um fundo constitucional para equalizar as perdas.
O governador participa do evento da Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul), em Brasília (DF), para debater temas relacionados à reforma tributária junto com a bancada federal que representa Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados e chefes dos Executivos da região Sul e Sudeste. "Há mais de 30 anos 'a reforma' vem sendo amadurecida e o Brasil está entendendo que o momento de evoluir é agora", destacou. Disse ainda " temos que estar atentos aos pontos sensíveis para o Estado, entre elas, a garantia dos incentivos fiscais e busca por uma governança adequada em cima do conselho gestor do Fundo de Desenvolvimento Regional, pontos que são chaves para o bom andamento da reforma".
O grupo de chefes dos Executivos que estao em Brasília é formado por dois governadores do partido do PL, partido que faz oposição ao governo Lula. Dois governadores do PSDB e outros quatro de partidos diferentes: PSD, PSB, Novo e Republicanos.