quinta, 19 setembro 2024

Educação

02/05/2024 08:00

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Paralisação na UFMS interrompe atividades acadêmicas de mais de 25 mil estudantes

Professores e técnicos-administrativos exigem recomposição salarial e melhorias nas condições de trabalho, provocando a suspensão de aulas em 138 cursos.

Atualizado: 02/05/2024 09:08

Redação

A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) enfrenta uma greve desde o dia 1° de maio, com mais de 25 mil estudantes e 138 cursos afetados. A paralisação, que inclui professores e servidores técnicos-administrativos, é parte de um movimento nacional que busca ajustes salariais conforme a inflação e melhorias nas condições de trabalho.

Os professores da UFMS juntaram-se a colegas de outras 39 instituições federais no país, segundo relatórios do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). O movimento ganhou força após uma oferta de reajuste zero para 2024 pelo governo federal, discutida durante negociações com a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).

Os técnicos-administrativos iniciaram sua greve ainda em 14 de março, reivindicando um aumento salarial anual de 10,5% até 2026. Por outro lado, os professores receberam uma proposta de reajuste que varia entre 23,0% e 35,6% até 2026, dependendo do nível da carreira, uma oferta considerada insuficiente diante das perdas acumuladas.

Mariuza Guimarães, presidente da Associação dos Docentes da UFMS (Adufms), expressou descontentamento com a proposta governamental. "Com a proposta atual, chegaremos em 2027 praticamente com o mesmo índice de perda salarial de hoje. É inadmissível. Mesmo com os ajustes propostos, começaremos e terminaremos o período com perdas significativas," afirmou durante uma assembleia recente.

Em resposta à paralisação, o reitor Marcelo Turine formou um grupo de trabalho para dialogar com os grevistas, incluindo representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE). A reitoria, contudo, rejeitou a suspensão do calendário acadêmico, destacando que a decisão sobre a continuação das aulas cabe a cada unidade e curso, e que a adesão à greve não é obrigatória.

As negociações entre o governo, a universidade e os sindicatos prosseguem.

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