Em um dos mais devastadores ataques desde o início da guerra, a cidade de Kiev foi alvo de intensos bombardeios por parte da Rússia nesta segunda-feira (8), resultando na morte de pelo menos 28 pessoas e na destruição parcial do hospital pediátrico Ohmatdyt, o maior da capital ucraniana. Autoridades locais relataram que crianças estão entre as vítimas fatais.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, afirmou que várias pessoas estão presas nos escombros do hospital. O prefeito de Kiev descreveu o ataque como um dos mais severos desde o início do conflito há mais de dois anos, relatando que mais de 40 mísseis foram lançados sobre a cidade.
Além de Kiev, outras cidades no centro e leste da Ucrânia também foram alvo, incluindo Dnipro, Sloviansk, Kramatorsk, e a cidade-natal de Zelensky, Kryvyi Rih, onde dez pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas. Os bombardeios danificaram infraestruturas críticas, incluindo três subestações de energia elétrica em Kiev, de acordo com a operadora local DTEK.
O Kremlin negou ter atingido alvos civis, alegando que seus ataques se limitaram a bases militares ucranianas. As imagens do hospital Ohmatdyt parcialmente destruído e de civis sendo resgatados entre os escombros destacam a tragédia humanitária em curso na região.
Volodymyr Zelensky, que em breve viajará a Washington, EUA, para participar de uma cúpula da Otan, pediu um aumento no fornecimento de sistemas de defesa antiaérea para a Ucrânia, que enfrenta um conflito devastador há mais de dois anos.
"A Rússia não pode alegar ignorância sobre onde seus mísseis estão atingindo e deve prestar contas por todos os crimes cometidos", declarou Zelensky em uma mensagem nas redes sociais, condenando os ataques como crimes de guerra. (Com inf G1)
