O cenário em Beirute se agravou nesta sexta-feira (20) com um bombardeio israelense que resultou na morte de três pessoas e deixou 17 feridas, tornando-se o maior ataque ao Líbano desde o início da guerra no Oriente Médio. O ataque atingiu áreas residenciais no subúrbio da capital, levantando preocupações sobre o impacto humanitário do conflito.
A ofensiva israelense foi em resposta a um ataque do Hezbollah, que disparou 150 foguetes contra o norte de Israel. Este novo ciclo de violência foi desencadeado por explosões de equipamentos de comunicação do grupo extremista, que causaram 37 mortes e mais de três mil feridos no Líbano.
Segundo o governo libanês, o alvo do bombardeio israelense era Ibrahim Aqil, um dos comandantes do Hezbollah. As explosões de pagers e "walkie-talkies" usados pelo Hezbollah foram atribuídas a uma manipulação sofisticada, com evidências sugerindo que os dispositivos foram contaminados com um composto explosivo antes de entrarem no Líbano.
A troca de agressões entre Israel e o Hezbollah intensificou-se nas últimas semanas, com os dois lados envolvendo-se em ataques quase diários ao longo da fronteira. O primeiro-ministro libanês criticou os bombardeios israelenses, alegando que eles ignoram normas humanitárias e legais.
A situação gera preocupação internacional, com a ONU convocando reuniões para discutir as tensões na região. Enquanto isso, o Hezbollah prometeu vingança, aumentando a incerteza sobre a escalada do conflito.