quarta, 30 outubro 2024

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Novas regras de financiamento imobiliário da Caixa: O que muda a partir de 1º de novembro

Mutuários enfrentarão aumento na entrada e restrições no valor de imóveis financiados pelo SBPE, visando adequar a carteira de crédito habitacional do banco.

Atualizado: há 2 horas

Redação

A partir de sexta -feira ( 1º de novembro), a Caixa Econômica Federal implementará novas regras para o financiamento de imóveis, aumentando as exigências para a concessão de crédito por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Essas mudanças visam adequar a carteira de crédito habitacional do banco e se alinhar a um orçamento que, segundo a instituição, deve ser superado em 2024.

Uma das principais alterações refere-se ao valor de entrada exigido para os mutuários. Para aqueles que optarem pelo sistema de amortização constante (SAC), a entrada aumentará de 20% para 30% do valor do imóvel. Já para quem escolher o sistema Price, que oferece parcelas fixas, o percentual exigido passará de 30% para 50%. Além disso, a Caixa só concederá crédito a mutuários que não possuam financiamento habitacional ativo com o banco.

Outra mudança significativa é a limitação do valor máximo de avaliação dos imóveis, que será fixada em R$ 1,5 milhão para todas as modalidades do SBPE. Até agora, o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que oferece juros mais baixos, já tinha esse teto, mas o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não possuía restrições de valor.

Essas novas regras se aplicarão apenas a futuros financiamentos, não afetando unidades habitacionais em empreendimentos já financiados pela Caixa, que continuarão com as condições atuais. Vale ressaltar que a Caixa é responsável por 70% do financiamento imobiliário no Brasil e 48,3% das contratações do SBPE.

A justificativa para as novas restrições inclui um aumento significativo no volume de crédito imobiliário concedido, que atingiu R$ 175 bilhões até setembro, um crescimento de 28,6% em relação ao ano anterior, totalizando 627 mil financiamentos. No SBPE, o valor concedido foi de R$ 63,5 bilhões nos primeiros nove meses do ano.

O banco também mencionou a necessidade de adaptar suas operações em resposta a um aumento nos saques da caderneta de poupança, que em setembro registrou saques líquidos de R$ 7,1 bilhões. Essa situação, aliada a um crescimento na demanda por linhas de crédito da Caixa em um contexto de elevação das taxas nos bancos privados, justifica a necessidade de aperto nas concessões.

Ainda não está claro se as novas regras permanecerão em vigor em 2025, quando o banco terá um novo orçamento para o crédito habitaciona

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