domingo, 22 setembro 2024

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há 9 meses

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Operação Turn Off: CGE-MS busca documentos para avaliar responsabilidade de servidores e empresas

A corrupção totaliza cerca de R$ 68 milhões em pagamentos e contratos suspeitos com a Apae e secretarias de Saúde e Educação.

Atualizado: há 9 meses

Redação

A Controladoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul (CGE-MS) está em ação após a deflagração da Operação Turn Off, que tem como alvo um sofisticado esquema de corrupção envolvendo as secretarias de Saúde e Educação, além de convênios com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O acesso aos autos da investigação em segredo de Justiça permitirá à CGE-MS abrir procedimentos disciplinares e de responsabilização contra os envolvidos em práticas como lavagem de dinheiro, fraude em licitação e peculato.

A corrupção, que totaliza impressionantes R$ 68 milhões em pagamentos e contratos suspeitos, teve destaque em contratos para a compra de aparelhos de ar condicionado e no aluguel de equipamentos de imagem. O flagrante favorecimento à empresa Health Brasil Medical em um pregão resultou em um contrato de R$ 36 milhões, enquanto a aquisição de aparelhos de ar condicionado, possivelmente superfaturados, gerou desembolsos de R$ 13 milhões em 2022.

Os operadores do esquema, Sérgio Duarte Coutinho Jr e Lucas Andrade Coutinho, empresários com ligações diretas com as empresas Isototal e Isomed, são apontados pelo Ministério Público como peças-chave. A ex-pregoeira-chefe da Secretaria de Estado de Administração (SAD), Simone de Oliveira Ramires Castro, teria recebido propina para favorecer as empresas nas concorrências públicas.

Os gestores dos contratos, como o ex-secretário-adjunto de Educação, Édio Resende de Castro, e sua subordinada Andreia Cristina Souza Lima, são citados como beneficiários das propinas. O Ministério Público identificou o pagamento de pelo menos R$ 930 mil em propina para Édio, sendo R$ 200 mil em dinheiro vivo. Os irmãos Coutinho também teriam destinado mais de R$ 200 mil em propina para o assessor do deputado federal Geraldo Resende (PSDB) e ex-gestor de contratos da Saúde, Thiago Mishima.

A operação também envolve Paulo Henrique Muleta de Andrade, ex-coordenador da Apae, que teria recebido propina, e Vitor Leite de Andrade, gerente do posto América 2 (Parada 67), apontado como operador financeiro do esquema

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