O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul iniciou uma operação inédita para combater os incêndios florestais no Pantanal, instalando 13 bases avançadas em áreas de difícil acesso. Este esforço visa aprimorar a resposta rápida e eficiente durante a temporada de incêndios, que geralmente ocorre de julho a outubro, mas que este ano começou já em janeiro devido à seca prolongada e altas temperaturas.
Desde maio, o número de focos de incêndio aumentou significativamente, e a previsão é de que se intensifiquem nos próximos meses. As novas bases avançadas são estratégicas para reduzir o tempo de resposta e permitir uma ação imediata nas áreas mais remotas do Pantanal, especialmente nas regiões que fazem divisa com o Mato Grosso e a Bolívia.
O governador Eduardo Riedel, que visitou o Comando-Geral dos Bombeiros na última sexta-feira (7), destacou a importância dessa iniciativa. "Temos conhecimento que a situação será difícil em relação ao fogo, especialmente no Pantanal. Porém, estamos atentos e atuantes em todas as áreas do bioma e também nas demais regiões do Estado. As bases que são montadas, é algo inédito, justamente para contribuir nessas ações de combate", afirmou.
O coronel Adriano Rampazo, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, relatou um exemplo de sucesso da nova estratégia: "Enviamos equipes para a região da Barra do São Lourenço uma semana antes de iniciar as bases avançadas, e isso fez muita diferença. O fogo que veio do estado vizinho queimou nove hectares, mas se não estivéssemos lá a postos, teria sido algo muito maior, de grandes proporções."
Além da presença física, o Estado utiliza tecnologia avançada para monitorar e combater os incêndios, incluindo plataformas da Nasa, Polícia Federal, Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), combinadas com sistemas de navegação, dados e inteligência artificial, e apoio de aeronaves.
O comandante-geral dos Bombeiros, coronel Frederico Reis Pouso Salas, reforçou que as bases avançadas são essenciais para um trabalho contínuo e eficiente. "Com a eficiência das bases avançadas, vamos aperfeiçoar este trabalho, que será permanente e autônomo, com a estrutura necessária para o trabalho de combate ao fogo,” explicou.
