O Pantanal de Mato Grosso do Sul enfrenta uma crise ambiental grave, marcada por uma série de incêndios que resultaram em multas totalizando R$ 24 milhões nos últimos dois anos. O Ministério Público Estadual, em parceria com a Polícia Militar Ambiental, identificou e aplicou penalidades em 18 pontos onde os incêndios tiveram início, sendo que em quatro casos foi confirmada a responsabilidade dolosa ou culposa.
Luciano Furtado Loubet, promotor de Justiça do Núcleo Ambiental, destacou a seriedade das infrações e a destinação das multas para ações ambientais do estado. Segundo ele, o crime de incêndio, conforme previsto no Código Penal, pode acarretar penas que variam de três a seis anos de reclusão, além de multas.
A temporada atual de queimadas tem sido particularmente intensa, com cerca de 12.387 hectares consumidos entre maio e junho de 2024. Este período já registra o maior número de focos de incêndio para um mês de junho desde o início do monitoramento em 1998. A seca severa e as condições climáticas adversas têm contribuído para a propagação rápida das chamas.
Organizações ambientais, como a ONG SOS Pantanal, têm documentado o impacto devastador dos incêndios na biodiversidade local. Imagens de animais carbonizados e vastas áreas destruídas sublinham a urgência de medidas eficazes de prevenção e resposta a incêndios.
As operações conjuntas, como o programa "Pantanal em Alerta", mobilizam recursos significativos, incluindo brigadas especializadas e militares, na tentativa de conter os incêndios. A comunidade científica enfatiza a necessidade de políticas robustas de conservação e gestão ambiental para proteger esse ecossistema único e essencial para o equilíbrio ambiental.
