A situação no Pantanal, a maior parte dele geograficamente situada em Mato Grosso do Sul, está se agravando drasticamente com o aumento alarmante das queimadas neste ano. Os focos de incêndio cresceram mais de 1100% em comparação a 2023, lançando a região em uma batalha intensa contra o fogo. Imagens impactantes mostram Corumbá coberta por uma densa nuvem de fumaça, resultado das chamas que consomem a vegetação nativa e colocam em risco a vida selvagem.
O Exército Brasileiro, em colaboração com o Corpo de Bombeiros, está mobilizado para combater os incêndios nas proximidades do Forte Coimbra, um dos epicentros da crise. Mais de 90 militares estão ativos no terreno, apoiados por aeronaves que desempenham papel crucial no reconhecimento e combate aéreo dos focos de fogo. Até maio deste ano, cerca de 332 mil hectares do Pantanal já foram devastados pelas chamas, representando um aumento alarmante em relação aos anos anteriores.
A Operação Pantanal, iniciada em abril e agora em seu 73º dia de ação, enfrenta recordes preocupantes de queimadas. Apenas em junho, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou mais de 733 focos de incêndio na região, o maior número para o mês desde o início dos registros em 1998. Especialistas alertam que 2024 pode superar até mesmo o desastroso ano de 2020, marcado como o pior da história recente do Pantanal.
Especialistas e representante da ONG SOS Pantanal, expressa sérias preocupações com a rápida propagação das chamas e o início de um período mais seco, o que agrava ainda mais a situação. Segundo eles, ha uma necessidade urgente de ação coordenada dos órgãos públicos para mitigar os danos e evitar uma catástrofe ambiental de proporções ainda maiores.
