sexta, 20 setembro 2024

Meio Ambiente

há 3 meses

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Multinacionais e ONGs se unem para preservar o Pantanal

Investimento no Fundo Clima visa conservar o bioma com apoio estratégico e regulamentação em andamento

Atualizado: há 3 meses

Redação

Multinacionais ligadas à pecuária estão demonstrando interesse em investir no Fundo Clima Pantanal, iniciativa que está em fase de regulamentação no Estado. Aprovada pela nova Lei do Pantanal, em vigor desde fevereiro deste ano (Lei Estadual nº 6.160/2023), a criação deste fundo tem como objetivo captar recursos externos para incentivar a preservação desse importante bioma.

Até o momento, o Fundo Clima Pantanal recebeu apenas aporte do governo estadual, mas duas multinacionais com operações em Mato Grosso do Sul, ligadas à cadeia produtiva pecuária, já manifestaram interesse em contribuir. Além delas, uma organização não-governamental (ONG) ambiental também está interessada em colaborar, formando um grupo de três potenciais parceiros que podem fechar a parceria até o final deste ano.

Segundo Artur Henrique Leite Falcette, secretário-executivo de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), essas empresas e ONGs estão interessadas não apenas em investir financeiramente, mas também em usar o apoio ao fundo como parte de sua estratégia de comunicação e responsabilidade ambiental.

Embora o valor dos investimentos ainda não tenha sido divulgado, Falcette sugere que será inferior aos R$ 40 milhões inicialmente aportados pelo governo estadual. Ele destaca que o fundo dependerá principalmente de doações menores para alcançar uma escala significativa, complementando o investimento público inicial.

O Fundo Clima Pantanal, que visa remunerar proprietários que conservem suas terras além do mínimo exigido pela nova legislação, ainda está finalizando sua regulamentação, prevista para ser concluída até o final de julho. Após a formatação dos programas de pagamentos por serviços ambientais no próximo mês, o governo do Estado pretende buscar recursos adicionais junto ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), além de envolver o Congresso Nacional e o terceiro setor nesse esforço.

A regulamentação da Lei do Pantanal envolve consultas extensivas a produtores rurais, ONGs e moradores da região pantaneira, refletindo um esforço para obter consenso e apoio amplo para a iniciativa. Este modelo de fundo já foi adotado em outros ecossistemas do país, como o Cerrado e a Caatinga, e é inspirado no sucesso do Fundo Amazônia, um dos maiores do mundo em termos de captação de recursos para preservação ambiental na Amazônia Legal.

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