O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, expressou séria preocupação com as perdas potencialmente irreversíveis no Pantanal devido ao recorde de queimadas deste ano. Em entrevista exclusiva ao G1 e à TV Globo, Agostinho destacou que a seca severa no bioma deve persistir até o final do ano, dificultando a recuperação completa das áreas afetadas.
Atualmente, quase 700 mil hectares do Pantanal foram devastados pelo fogo, o que representa cerca de 5% do bioma. Agostinho ressaltou que a seca começou três meses antes do usual e não há sinais de que terminará mais cedo, levando o governo a se preparar para um cenário de seca prolongada.
A força-tarefa no Pantanal identificou várias propriedades onde os incêndios podem ter começado, não descartando a possibilidade de práticas criminosas, como queimadas para limpeza de áreas desmatadas. A Polícia Federal está investigando esses casos para responsabilizar os culpados.
Em relação ao desmatamento, Agostinho enfatizou a necessidade urgente de acabar com essa prática para evitar futuras catástrofes no Pantanal. Ele mencionou que Corumbá, uma das cidades mais afetadas, liderou o desmatamento no bioma nos últimos anos.
A situação gerou preocupação nacional devido à fumaça dos incêndios que se espalhou por várias cidades, incluindo o Vale do Paraíba e o Litoral de São Paulo. Agostinho destacou a importância de intensificar as ações de fiscalização para alcançar metas de conservação mais eficazes.
Apesar das críticas à resposta do governo diante da crise, Agostinho afirmou que medidas preventivas estão sendo implementadas desde o ano passado. Ele sublinhou que o monitoramento contínuo é essencial para responder eficazmente aos incêndios florestais, muitos dos quais são provocados por atividades humanas. ( Com inf do G1)
