Polícia

Suspeito do 'Maníaco da Lanterna' tem prisão temporária decretada pela Justiça

Suspeito alega esquizofrenia e motivações complexas

1 NOV 2023 • POR Redação • 08h45
Divulgação

A Justiça de Ponta Porã decretou a prisão temporária do homem suspeito de ser o 'Maníaco da Lanterna', identificado apenas como Ramão, de 42 anos. A prisão ocorreu no último sábado (28) em um trecho da MS-384, quando o suspeito foi preso em flagrante na posse de duas munições calibre 38. No entanto, o caso tomou contornos perturbadores durante o interrogatório, revelando um quadro complexo de motivações e alegações.

O suspeito, em seus relatos, mencionou uma série de justificativas para suas ações, incluindo a sensação de ser desprezado por vizinhos e familiares. Ele alegou que buscava uma mulher e filhos para garantir sua herança e impedir que seu irmão se beneficiasse dela. Além disso, afirmou sofrer de esquizofrenia, mudando repetidamente sua versão durante o interrogatório.

Quando questionado sobre a localização da arma, Ramão disse que ela estaria escondida em seu fogão residencial. Embora a entrada em sua casa tenha sido autorizada, a busca não conseguiu encontrar a arma mencionada. Quanto às idas frequentes à mata, ele alegou que era para buscar lenha e que as munições eram para sua defesa pessoal, uma vez que morava sozinho e tinha amizade com algumas pessoas.

Apesar das circunstâncias perturbadoras e das alegações do suspeito, ele foi encaminhado ao 1º Distrito Policial de Ponta Porã sem apresentar lesões visíveis. Diante dos acontecimentos, Ramão foi transferido para a Unidade Penal Ricardo Brandão de Ponta Porã.

O delegado titular de Antônio João, Clealdon Alves de Assis Júnior, destacou que, embora o suspeito seja tratado como tal, a tese de que ele agiu sozinho nos ataques ainda está sob investigação. "Neste momento, ele é tratado como suspeito, e não descartamos a participação de outras pessoas. A investigação continua, e aguardamos um posicionamento por parte do Poder Judiciário em relação à prisão preventiva", afirmou o delegado ao Ponta Porã News.