Polícia

Instituto para Cegos de Campo Grande é vítima de golpe e perde mais de R$52 mil

Golpista fingiu ser funcionário bancário e realizou transferências fraudulentas via PIX.

8 NOV 2023 • POR Redação • 19h47
Reprodução

O Instituto Sul Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas, localizado no centro de Campo Grande, caiu vítima de um golpe que resultou na perda de mais de R$52 mil na última segunda-feira (6). O dinheiro que foi furtado estava destinado a quitar a folha de pagamento do instituto no dia seguinte.

Segundo o boletim de ocorrência, um golpista entrou em contato por telefone com o instituto e se apresentou como funcionário do banco no qual a instituição possui contas. Durante a ligação, o golpista afirmou que os gerentes bancários haviam solicitado uma atualização do aplicativo. Ele pressionou a funcionária do instituto, afirmando que, caso a atualização não fosse realizada, o aplicativo seria bloqueado. O suspeito forneceu um endereço eletrônico e orientou a funcionária do Ismac a seguir as instruções para a falsa atualização, garantindo que o procedimento era legítimo.

Após a suposta atualização, os administradores do instituto perceberam que seis transferências via PIX, não autorizadas, foram efetuadas, totalizando um prejuízo de R$52.600. Essa quantia estava reservada para o pagamento de 17 profissionais, entre funcionários com contrato e prestadores de serviços.

A vice-presidente do Ismac, Astrogilda Maria José, expressou sua consternação diante da situação. Ela explicou que o golpista estava bem informado e possuía dados detalhados da instituição, o que dificultou a detecção do golpe. O dinheiro que foi roubado era essencial para os pagamentos dos colaboradores, e agora o instituto não tem fundos para efetuá-los. Astrogilda destacou a importância do apoio da comunidade para ajudar a cobrir as despesas, e pediu contribuições via PIX direcionadas à conta jurídica do instituto, com a chave PIX sendo o CNPJ da entidade: 03.271.764/0001-00.

Sobre o ressarcimento, o instituto já entrou em contato com o banco, mas foi informado de que não há garantias de devolução dos valores. Eles também solicitaram uma análise junto ao Banco Central, buscando uma possível restituição por parte das agências que receberam as transferências, mas ainda não há certeza sobre o resultado.

O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro e está sob investigação. O instituto espera que a situação seja resolvida para que possa cumprir com seus compromissos financeiros e seguir prestando seus importantes serviços à comunidade de cegos.