Desdobramentos da Operação Turn Off em Mato Grosso do Sul

Corrupção em contratos de saúde: Saiba mais

A Operação Turn Off, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), tna ultima quarta-feira (29) , rouxe à tona uma rede de corrupção envolvendo contratos da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) e a empresa Health Brasil, anteriormente conhecida como HBR Medical.

A 31ª Promotoria de Justiça de Campo Grande conduz as investigações, que abrangem possíveis fraudes no processo licitatório, execução do contrato e pagamento de propinas por meio de superfaturamento. O contrato em vigor, no valor de R$ 36,9 milhões anuais, atende à Rede Digital de Imagens Estadual (Redime), sendo a Health Brasil responsável pelo fornecimento de equipamentos para diagnóstico por imagem.

O caso revela a atuação questionável da ex-pregoeira oficial da Secretaria de Estado de Administração (SAD), Simone de Oliveira Ramires Castro. Ela é acusada de receber propina para favorecer a Health Brasil em um pregão, desqualificando a empresa vencedora original, a Chrome Tecnologia. Os irmãos Sérgio Duarte Coutinho Jr. e Lucas Andrade Coutinho desempenharam papel crucial no direcionamento do pregão, utilizando informações privilegiadas fornecidas por Simone em tempo real.

A investigação também aponta para a participação do posto de combustíveis América II, que teria sido utilizado como intermediário para o pagamento de propinas, totalizando mais de R$ 1 milhão. O gerente do posto, Victor Leite, está entre os presos na Operação Turn Off.

A complexidade do esquema de corrupção, que envolve ainda a empresa Isomed na leitura dos laudos das imagens, requer uma apuração minuciosa para esclarecer todas as nuances do caso.