Polícia

Desdobramentos da Operação Turn Off: liberdade concedida a envolvidos

Até o momento, duas das oito pessoas presas na semana passada permanecem sob custódia

4 DEZ 2023 • POR Redação • 07h33
Reprodução

A Operação Turn Off, conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), ganha novos contornos à medida que mais detalhes vêm à tona sobre o esquema de corrupção que assola licitações promovidas por empresários, servidores e até mesmo um representante da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que estão no epicentro do escândalo, cujo impacto já ultrapassa a casa dos R$ 70 milhões.

Até o momento, duas das oito pessoas presas na semana passada permanecem sob custódia, incluindo Paulo Henrique Muleta Andrade, ex-coordenador da Apae, e Simone Ramires de Oliveira Castro, servidora pública responsável pelo setor de licitações do governo. 

As investigações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) revelam uma teia complexa de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações/contratos públicos e lavagem de dinheiro. A organização criminosa, segundo as autoridades, teria manipulado licitações para aquisição de bens e serviços, envolvendo setores cruciais como Educação e Saúde.

Um dos pontos cruciais do esquema é o pagamento de propina a diversos agentes públicos, o que levanta questões sobre a integridade do processo licitatório no governo estadual. A quantia desviada, estimada em R$ 70 milhões, destaca a necessidade de fortalecimento dos mecanismos de controle interno e transparência.

No centro de uma reviravolta jurídica, o desembargador Emerson Cafure, do Tribunal de Justiça de MS, ordenou a soltura de alguns dos envolvidos, embasando sua decisão na exoneração dos servidores implicados. O magistrado estabeleceu medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno para os empresários beneficiados pela decisão.