Roubo de caminhonete a militar do Corpo de Bombeiro revela histórico criminal extenso dos criminosos

Suspeitos tem mais de 28 passagens pela Polícia; um bandido baleado e dois foragidos.

O assalto a uma caminhonete Hilux, de propriedade de um militar do Corpo de Bombeiros, no Jardim Itamaracá, durante o fim de semana, desvendou a atuação de uma quadrilha com um extenso histórico criminal, totalizando mais de 28 passagens pela polícia. O incidente resultou em um dos criminosos baleado e dois cúmplices em fuga.

O assaltante atingido durante a ação possui uma ficha criminal diversificada, incluindo registros por crimes como roubos, furtos e envolvimento com entorpecentes. Os dois comparsas que conseguiram escapar deixaram o colega ferido na Santa Casa de Campo Grande e são responsáveis por mais de 10 passagens cada.

O Batalhão de Choque da Polícia Militar destacou a possibilidade de os suspeitos pertencerem a uma quadrilha especializada, bem organizada e com potenciais conexões com facções criminosas ou indivíduos do sistema prisional. O interesse dos bandidos em caminhonetes, veículos de alto valor, sugere motivações além do uso pessoal, envolvendo a comercialização ou troca por substâncias ilícitas.

O comandante do Batalhão, tenente-coronel Rigoberto Rocha, salientou que os roubos de caminhonetes são especialmente visados devido ao seu valor comercial e ao interesse em países vizinhos, como Paraguai e Bolívia. A relação desses crimes com facções criminosas e detentos de unidades prisionais é uma linha de investigação em curso.

O local onde a Hilux foi abandonada, no Jardim Noroeste, e o uso de um balcão abandonado pela quadrilha indicam a escolha de uma rota de fuga de fácil acesso. A polícia não descarta a possibilidade de outros envolvidos no crime, e as investigações estão em andamento para localizar o casal foragido.

O comandante Rigoberto Rocha também abordou o aumento de confrontos letais com a polícia, destacando que isso reflete um esforço mais robusto das forças de segurança, resultando em mais prisões, apreensões de armas e confrontos em resposta a agressões injustas.

Desde o início do ano, a Polícia Militar já apreendeu mais de 150 armas, recuperou mais de 200 veículos e efetuou mais de 700 prisões.

O roubo em questão ocorreu quando o militar do Corpo de Bombeiros, ao aguardar a abertura do portão de sua residência, foi abordado por três criminosos armados. O confronto resultou em disparos, com um dos bandidos baleados e deixado na Santa Casa pelos comparsas. O militar conseguiu localizar a caminhonete e recuperá-la, enquanto as investigações continuam para capturar os foragidos e eventuais cúmplices.