Safra recorde impulsiona setor sucroenergético em Mato Grosso do Sul
Produção de cana-de-açúcar e açúcar atinge marcas históricas, consolidando o estado como protagonista na indústria sucroalcooleira
15 DEZ 2023 • POR Redação • 11h30A safra de cana-de-açúcar na temporada 2023/2024 revela números extraordinários para Mato Grosso do Sul, consolidando o estado como um dos protagonistas na produção sucroenergética. Até o início de novembro, a colheita atingiu a marca de 46,3 milhões de toneladas, representando um aumento expressivo de 16,6% em comparação ao mesmo período da safra anterior.
Um dos destaques notáveis é a produção de açúcar, que atingiu níveis históricos nesta temporada, superando em mais de 55% os registros do ciclo passado. A Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul) destaca também a concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) em 142,50 kg por tonelada de cana, indicando uma melhoria significativa na qualidade da matéria-prima.
A explicação para esse desempenho excepcional, segundo Érico Paredes, diretor-executivo da Biosul, reside nas condições climáticas favoráveis ao longo do ano. As chuvas bem distribuídas nos canaviais permitiram que as usinas avançassem nos cronogramas de colheita, preservando a qualidade da matéria-prima e estendendo as operações nas lavouras.
A produção recorde de açúcar já ultrapassou 2 milhões de toneladas, posicionando Mato Grosso do Sul como o 5º maior produtor nacional do adoçante. O governador Eduardo Riedel destaca a importância do setor sucroenergético para o estado, reconhecendo suas contribuições significativas para a geração de empregos, a produção de energia limpa e o destaque na balança comercial.
Riedel enfatiza também o compromisso do setor com a agenda sustentável de Mato Grosso do Sul, destacando boas práticas ambientais e sociais. Ele ressalta a meta ambiciosa do estado de se tornar carbono neutro até 2030, uma visão compartilhada pelo setor sucroenergético.
Jaime Verruck, titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semadesc), destaca a relevância do setor na economia estadual, com 860 mil hectares plantados de cana, representando a segunda cultura mais cultivada após soja e milho. Ele destaca os investimentos em tecnologia e a ampliação de usinas, ressaltando o papel fundamental do setor na produção de energia renovável.