Desvendado o crime do duplo homicídio executado sob o tribunal do PCC

Marcelo dos Santos Vieira e Thiago Brumatti Palermo, encontrados carbonizados em julho, foram alvo de decisão da facção; Detalhes do crime são revelados pela DHPP.

O caso do duplo assassinato de Marcelo dos Santos Vieira, 45 anos, e Thiago Brumatti Palermo, 30 anos, teve um desdobramento chocante: as vítimas foram julgadas e executadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Os detalhes desse tribunal do crime foram divulgados pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta segunda-feira. (18)

Nove pessoas foram indiciadas pelo crime, e uma operação da delegacia especializada realizada em outubro resultou em prisões em São Paulo. Os corpos de Marcelo e Thiago foram encontrados carbonizados dentro de um veículo Ford Fiesta em uma estrada de terra na Avenida Wilson Paes de Barros, no bairro Nova Campo Grande.

A região, conhecida como local de 'desova', fica a 500 metros da Avenida General Carlos Alberto de Mendonça. Os corpos estavam totalmente carbonizados, um no banco traseiro e outro no porta-malas do veículo.

Desdobramento  - 

A trama macabra começou quando a dupla, responsável por preparar veículos para o transporte de drogas com destino a São Paulo, decidiu trocar 40 dos 100 quilos de cocaína por gesso. O desfecho trágico teve início quando a residência onde o veículo preparado foi deixado foi invadida por dois homens, resultando no roubo da carga e na subsequente comercialização ilegal da cocaína.

Após o assalto, Marcelo e Thiago, em um ato desesperado, denunciaram o ocorrido ao PCC. A facção, ao descobrir a fraude, não apenas buscou os verdadeiros ladrões como também condenou a dupla à morte por tentativa de enganar a organização criminosa.

A execução cruel ocorreu em uma estrada de terra na Avenida Wilson Paes de Barros, no bairro Nova Campo Grande. Os corpos dos dois homens foram encontrados carbonizados dentro de um Ford Fiesta. Thiago foi estrangulado e colocado no porta-malas ao lado dos verdadeiros ladrões, enquanto Marcelo foi queimado vivo no banco traseiro do veículo.

Nove pessoas foram indiciadas pelo crime, com três já sob custódia e quatro ainda foragidas. Em outubro deste ano, uma operação da delegacia especializada se deslocou até São Paulo para efetuar as prisões, revelando a abrangência e a complexidade das operações da facção criminosa.