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Israel bombardeia Gaza em resposta a ataque e deixa mais de 50 feridos

Operação militar contra campo de refugiados foi a maior realizada na cidade, em mais de 20 anos, segundo informações das forças israelense

5 JUL 2023 • POR Redação • 09h00
AFP

As forças israelenses lançaram o que uma fonte militar disse ser sua maior operação militar na cidade de Jenin, na Cisjordânia, em mais de 20 anos, matando pelo menos 8 pessoas e ferindo mais de 50, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. O comunicado foi publicado no Telegram nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (3). 

Relatos da CNN,  moradores disseram que ouviram explosões e tiros pesados na área. Dos feridos, 10 estão hospitalizados em “estado grave”, e cinco dos mortos eram adolescentes.  Mahmoud al-Saadi, diretor do Crescente Vermelho Palestino em Jenin, disse que a maioria dos ferimentos são na parte superior do corpo, acrescentando que o processo de transferência dos feridos aos hospitais foi difícil.  

Em contrapartida, emissoras de TV também transmitiram imagens de veículos militares abandonando a área e entrando em território israelense. Durante o dia, um ataque realizado com um veículo deixou sete feridos em Tel Aviv, um atentado aplaudido pelo movimento islamita palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza e que afirmou que era  uma primeira resposta aos crimes cometidos contra o povo no campo de Jenin. 

Na manhã desta quarta-feira (noite de terça em Brasília),o exército informou que interceptou cinco foguetes disparados da Faixa de Gaza contra Israel. Inicialmente, nenhuma facção palestina assumiu a autoria do ataque.  Em resposta, Israel lançou um ataque aéreo contra o território palestino, indicou o exército. Uma fonte de segurança palestina disse que os ataques atingiram um local militar do Hamas no norte de Gaza, sem deixar feridos.

Segundo a AFP,  uma porta-voz do exército, as tropas israelenses começaram a se retirar de Jenin nesta terça-feira (4). Na cidade, drones sobrevoaram as lojas fechadas e ruas desertas, cheias de escombros, pedras e barricadas improvisadas, constatou um jornalista da AFP