Onda de calor afeta produção agrícola em Mato Grosso do Sul e desafia produtores
Altas temperaturas e atraso no plantio geram replantio de 107 mil hectares
21 DEZ 2023 • POR Redação • 10h00As elevadas temperaturas que predominaram no segundo semestre deste ano já deixam marcas expressivas na produção agrícola do estado. A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS) reporta que cerca de 107 mil hectares precisaram ser replantados devido aos efeitos do calor, que causou atrasos no plantio da safra 2023/2024.
A incidência de altas temperaturas e a falta de chuvas no início do ciclo da soja contribuíram para um significativo atraso na operação de plantio. A região oeste foi a mais afetada, com aproximadamente 47,5 mil hectares precisando ser replantados, seguida por regiões como centro (25,1 mil hectares), nordeste (20,5 mil hectares), norte (11,4 mil hectares) e sul (2,5 mil hectares).
Além dos desafios do calor, os produtores agora enfrentam a ameaça da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), que pode impactar significativamente a produtividade e aumentar os custos com medidas de controle e fungicidas.
A Aprosoja-MS destaca que, até o momento, 98% da área plantada foi concluída, correspondendo a 4,1 milhões de hectares. No entanto, o desenvolvimento do plantio apresenta um atraso de duas semanas em relação ao mesmo período do ano anterior, registrado em 15 de dezembro.
As mudanças climáticas, somadas ao fenômeno El Niño, intensificam as ondas de calor, alertando para a necessidade de adaptação e estratégias que minimizem os impactos na produção agrícola de Mato Grosso do Sul em um cenário desafiador para o setor.