Rural

Condições adversas colocam em risco produtividade da safra de soja em Mato Grosso do Sul

19 JAN 2024 • POR Redação • 09h48
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À medida que Mato Grosso do Sul se aproxima do término da safra de soja 2023/2024, dados da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS) revelam que cerca de 7% das lavouras do estado enfrentam condições desfavoráveis, lançando incertezas sobre a produtividade da oleaginosa.

Em municípios como Chapadão do Sul, Costa Rica, Paraíso das Águas, São Gabriel do Oeste e Bandeirantes, juntamente com parte da região sul, o processo de colheita já teve início. No entanto, os resultados estão aquém das expectativas, com produtores colhendo entre 40 e 50 sacas por hectare, mesmo após investimentos significativos.

A projeção para a safra 2023/2024, baseada em dados do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga-MS), indica uma redução de 7,92% em relação ao ciclo anterior. O Sindicato Rural de Campo Grande, destaca a necessidade de adaptações diante dos desafios climáticos, resultando em um ciclo de plantio mais lento e uma colheita mais curta.

Apesar dos obstáculos, a Aprosoja-MS mantém uma expectativa média de 54 sacas por hectare, alinhada ao potencial produtivo das últimas cinco safras. A produção estimada é de 13,8 milhões de toneladas, sinalizando uma resposta positiva mesmo diante dos desafios.

O levantamento mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destaca que apenas 0,5% da área estimada foi colhida até o momento, principalmente nas regiões centro-sul e norte do estado, com um ritmo mais lento. A incerteza climática continua, e a comunidade agrícola aguarda com expectativa o desfecho do ciclo de enchimento das plantas para determinar o destino da safra de soja em Mato Grosso do Sul.