Cidades

Sesau propõe inovação nas UPAs de Campo Grande com divulgação do tempo de espera após caso de óbito

27 JAN 2024 • POR Redação • 09h59
PMCG

A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) planeja alterações no sistema de atendimento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) após o trágico falecimento de Marcelly Almeida na UPA Coronel Antonino. A iniciativa visa implementar um novo protocolo que informará aos usuários o tempo de espera, projeto testado há dois anos e que será votado pelo Conselho Municipal de Saúde nesta terça-feira.

A secretária em exercício, Rosana Leite, esclareceu que a proposta de mudança já estava em discussão antes do ocorrido com Marcelly. O protocolo, se aprovado, terá uma abordagem mais alinhada com as classificações hospitalares e utilizará um sistema testado em 2022, chamado "lean healthcare," em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF).

Segundo Rosana, a mudança não afetará os critérios de classificação atuais baseados nas diretrizes do Ministério da Saúde, que utilizam cores para indicar a gravidade do estado do paciente. Em vez disso, as principais modificações ocorrerão na metodologia de trabalho dos profissionais de saúde e no fluxo de atendimento, incluindo a divulgação do tempo de espera do paciente em uma tela, semelhante ao que ocorre em hospitais.

A secretária ressalta que, atualmente, a classificação é feita por enfermeiros na triagem, determinando também o tempo de espera com base na gravidade do problema do paciente. O novo sistema manterá esses critérios, mas a principal inovação será a informação direta ao usuário sobre o tempo estimado de espera.

Após a morte de Marcelly, além da investigação policial, a Sesau realizará uma apuração interna, enquanto o Conselho Regional de Medicina e o Conselho Regional de Enfermagem abriram sindicâncias.