Polícia

MS na rota do crime: Megaoperação desmantela grupo de tráfico com movimentação bilionária

1 FEV 2024 • POR Redação • 09h56
Reprodução

Nesta quinta-feira (1º), a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) de Alagoas desencadeou uma operação que resultou no cumprimento de 61 mandados em Mato Grosso do Sul, sendo 19 de prisão e 42 de busca e apreensão, no intuito de desarticular um grupo criminoso atuante no tráfico de drogas. A ação também se estendeu a outros 16 estados brasileiros, abrangendo Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

De acordo com as investigações, as organizações criminosas, responsáveis pelo tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes, teriam movimentado expressivos R$ 300 milhões. O grupo, que desfrutava de uma vida de luxo, incluindo imóveis de alto padrão, veículos e viagens, teve mais de 300 mandados cumpridos em todo o país.

A investigação teve início em março de 2021, focando na atuação criminosa de dois casais que lideravam o tráfico de drogas em Alagoas. A partir dessa apuração, foi identificada a ramificação do grupo em 17 estados, envolvendo fornecedores e distribuidores de drogas.

O líder da organização criminosa, um alagoano, coordenava a distribuição de drogas para diversos municípios de Alagoas, especialmente nas regiões onde a facção criminosa à qual pertencia predominava. A rede criminosa contava com fornecedores do estado de São Paulo, que recebiam as drogas originárias de Mato Grosso do Sul. O fornecimento inicial provinha do estado do Amazonas, situado na fronteira com Colômbia e Peru.

Ambos os grupos utilizavam esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro, envolvendo empresas de diversos setores, tais como peixarias, aluguel de veículos, manutenção de automóveis e transporte de cargas. As movimentações financeiras ilícitas ultrapassaram R$ 300 milhões, sendo realizadas através de contas bancárias de terceiros e laranjas.

Os membros das organizações criminosas mantinham um alto padrão de vida, ostentando bens de luxo, residências e apartamentos em condomínios de prestígio, além de viagens frequentes. A operação resultou em mandados cumpridos em diversos estados, com destaque para os 84 mandados em São Paulo, sendo 19 de prisão e 65 de busca e apreensão.