Economia

Ministro de Portos e Aeroportos planeja pacote de socorro aéreo após o Carnaval

BNDES busca garantias, e empresas discutem estratégias para enfrentar desafios, incluindo a redução do custo do querosene de aviação

4 FEV 2024 • POR Redação • 09h06
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O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou neste sábado (3) que espera finalizar o pacote de socorro às companhias aéreas após o Carnaval. As discussões continuam em andamento com o Ministério da Fazenda, em meio ao pedido de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos e ao aumento no preço das passagens.

Costa Filho indicou que o pacote de crédito para ajudar as companhias do setor será predominantemente financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No entanto, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que o banco não abrirá mão de garantias, afirmando que "o BNDES não tem como fazer financiamento sem garantias".

O BNDES estuda a oferta de uma linha de capital de giro para as companhias aéreas há meses, mas enfrenta desafios relacionados às garantias. As empresas chegaram a mencionar slots (espaços em aeroportos) e aeronaves em leasing como opções, mas essa proposta não avançou.

Além do crédito, Silvio Costa Filho destacou a importância de um planejamento estratégico de curto e longo prazos, abrangendo ações que fortaleçam novos voos regionais, a compra de aeronaves brasileiras, como as da Embraer, e outros ativos.

O ministro expressou a expectativa de que o impasse com as companhias aéreas seja resolvido em breve, planejando o lançamento do programa Voa Brasil, com passagens a R$ 200 para aposentados e pensionistas ainda em fevereiro. No entanto, a adesão das empresas ao programa é crucial para o sucesso do projeto.

Representantes do governo, Petrobras e companhias aéreas também discutem maneiras de reduzir o custo do querosene de aviação no pacote de ajuda ao setor. Uma proposta em discussão é que as companhias se unam para comprar diretamente da estatal, buscando uma redução de 4% a 8% no custo, referente à margem das distribuidoras privadas presentes nesse mercado.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ressaltou a disposição da empresa em colaborar com o debate, destacando que não é possível reduzir o preço do querosene de aviação com um "canetaço". Desde o ano passado, o preço do querosene de aviação já diminuiu cerca de 41%, segundo Prates.( Com ind do  stadão)