Investigação da PF expõe "Kids Pretos" supostamente recrutado para prender Alexandre de Moraes
Os "kids pretos" são militares da ativa ou da reserva do Exército, especializados em operações especiais e treinados para missões de alto risco e sigilo
9 FEV 2024 • POR Redação • 09h14A Polícia Federal revelou que militares do grupo conhecido como "kids pretos", ou "forças especiais" (FE), foram convocados por integrantes do círculo íntimo do ex-presidente Jair Bolsonaro para participar de atos antidemocráticos visando desestabilizar o país. As investigações apontam que esses militares estariam envolvidos em um plano para prender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em uma ação que visava reverter o resultado das eleições de 2022.
Os "kids pretos" são militares da ativa ou da reserva do Exército, especializados em operações especiais e treinados para missões de alto risco e sigilo. Entre os alvos das investigações da PF, estão nomes como Marcelo Câmara, coronel do Exército envolvido em investigações sobre vendas irregulares de presentes oficiais, e Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército.
De acordo com as informações obtidas pela PF, membros do governo e militares da ativa realizaram reuniões para orientar os manifestantes sobre como agir, indicar locais de atuação e financiar suas ações por meio das Forças Armadas. O objetivo seria executar um golpe de Estado e reverter o resultado das eleições.
Os "kids pretos" são conhecidos por suas habilidades em operações especiais, incluindo sabotagem, inteligência e planejamento estratégico. Atualmente, o grupo conta com cerca de 2,5 mil militares, conforme informações do Exército.
Confira alguns nomes:
Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército;
Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército;
Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, major do Exército.