Polícia

Fugitivos de Mossoró são jurados de morte pelo Comando Vermelho: buscas entram no 7º dia

20 FEV 2024 • POR Redação • 09h28
Reprodução

Após a fuga histórica da Penitenciária Federal em Mossoró (RN), os fugitivos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, conhecido como “Tatu”, encontram-se em uma situação ainda mais precária. Segundo informações exclusivas apuradas pela coluna Na Mira, os dois foram expulsos do Comando Vermelho (CV) e agora estão jurados de morte pela facção.

Investigações revelaram que a liderança do CV no estado ordenou a execução da dupla, justificada pela suposta tentativa de traição ao tentarem fundar sua própria organização criminosa. A informação, confirmada por fontes ligadas à investigação, reforça a suspeita de que os fugitivos possam estar escondidos na mata desde a sua fuga espetacular do presídio federal.

De acordo com as fontes ouvidas pela coluna, como ex-integrantes do Comando Vermelho, a dupla não conta com apoio de outras facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) ou o Sindicato do Crime, devido à gravidade da traição atribuída a eles.

A situação se torna ainda mais crítica com a revelação de que a sentença de morte foi decretada por Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida Melo, considerados as principais lideranças do CV no estado do Acre.

Enquanto isso, as buscas pelos fugitivos, que já adentram o sétimo dia, continuam intensas. Com um contingente de 600 policiais empenhados na operação, incluindo o reforço autorizado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a força-tarefa agora conta com o apoio da Força Nacional.

A delegada de polícia Raquel Gallinati ressalta a dificuldade crescente das buscas com o passar do tempo, enfatizando a importância de medidas como o uso de agentes, drones e cães farejadores.

Até o momento, as pistas são escassas, com os detetives encontrando apenas indícios como pegadas, roupas e restos de alimentos. A operação concentra-se em uma área de cerca de 15 km ao redor da penitenciária, onde acredita-se que os fugitivos possam estar escondidos.

A fuga dos detentos, realizada através de um buraco na parede da cela, expõe falhas na segurança da penitenciária federal, inaugurada em 2009. Enquanto as autoridades intensificam os esforços para recapturá-los, a população permanece em alerta, temendo possíveis ações dos fugitivos.